24

518 94 9
                                    






Hoseok dormia pacificamente. Depois da nossa conversa, ele ficou muito abalado e consegui acalmá-lo e agora ele está dormindo. Estendi a mão e acariciei seu cabelo. Ele se mexeu um pouco, mas não acordou. Hoseok não precisava passar por emoções tão fortes, mas precisava saber sobre seus pais. Eu não podia mais esconder isso.

Eu sei que tudo isso pode parecer pena da minha parte, mas não é, eu me aproximei muito dele enquanto ele estava doente. Eu realmente quero o seu bem. Não estou brincando e se for preciso eu mostro a ele.

Fiquei olhando seu rosto e acariciando sua pele, fiquei fazendo carinho nele por um longo tempo, estava preocupado com ele, depois o cobri com o edredom e fui tomar banho, já era noite e eu precisava comer alguma coisa.
Assim que entrei na cozinha, encontrei meu omma. Ele olhou para mim e eu fui colocar comida em mim.

— Então, como ele está?

—  Dormindo!  Eu tinha que falar sobre os pais, não era algo que ele esperava, ele estava em choque. Mas consegui acalmá-lo.

—  Você conhece nossa opinião sobre isso.  Mas seu appa e eu decidimos que não vamos mais falar sobre isso.

— É melhor evitar certos assuntos. Eu mesmo não aguento mais esse assunto. Cada vez que ele me lembra disso, me sinto ainda mais culpado.  —  Sentei-me e comecei a comer.

— Ele realmente vai ficar aqui?  — Eu olhei para ele.

—  Ele não quer estar aqui!  Mas ainda vamos conversar sobre esse assunto.

—  Lembre-se que você não pode obrigá-lo a ficar, ele é livre. Ele decide o que fazer! Pense nisso, vou dormir, boa noite.  — Ele me deu um beijo na cabeça e saiu.

Depois que meu omma se foi, eu estava pensando em Hoseok, ele parece determinado a não ficar aqui, mas para onde ele vai?  E ainda mais sozinho.  Eu não posso deixar isso acontecer e se as pessoas que mataram seus pais quiserem ir atrás dele? Não, eu tenho que fazer alguma coisa.  Terminei de comer e voltei para o quarto, Hoseok não tinha comido nada desde que chegou. Assim que entrei, encontrei-o olhando pela porta da varanda.

— Está tudo bem!?  —  Ele olhou para mim.

—  Estou com fome.  — Ele falou baixinho.

— Vamos, vou colocar comida em você!  — Estendi a mão e ele se aproximou, ele apenas olhou para minha mão e saiu do quarto.

Entramos na cozinha e ele se sentou à mesa. Coloquei comida e um pouco de suco e logo ele começou a comer.
Tudo muito devagar.  Ele olhou para fora, era possível ver o jardim, através do vidro.  Parecia uma criança assustada.

—  Eu queria ver minha casa, saber onde meus pais estão enterrados.  —  Ele disse de repente e olhou para mim.

— Quando você se sentir melhor eu te levo. Posso imaginar como isso deve ser doloroso para você.

— Já estou melhor! —  Ele olhou para mim e eu neguei.

— Não, você ouviu o que o médico disse. Repouso, Hoseok.

— Se não quiser me levar, dou um jeito de ir sozinho, tenho o direito de saber onde eles estão.

—  Prometo que em poucos dias levo você.  Apenas descanse e mais um pouco.  — Ele olhou para mim e continuou comendo.

—  Assim que você me levar eu fico por lá mesmo. Aqui não volto, lá é o meu lugar, aqui não!

—  Você vai ficar sozinho naquele lugar?

¡PERFEITO PARA MIM! {ABO}Onde histórias criam vida. Descubra agora