Colheita do Amor Capítulo 1

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Colheita do Amor Capítulo 1

Autora: Carol Silva

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O dia mal amanheceu na pequena fazenda de Minas Gerais e Maria Cristina  já estava em pé, o pai a acordava cedo para ajudar Adelaide fazer café para ele e os irmaos mais velhos. Os preferidos por simplismente ser homens, isso era tão injusto já que tudo sobrava para a menina de apenas 14 anos grandes responsabilidades.
A irmãzinha mais nova de apenas 2 aninhos, vivia aos cuidados da doce Maria que cuidava e mimava a menina com o maior amor do mundo.

Maria se tornou mãe, sem nem ao menos ter gerado, o que não importava para ela e sim ver sua doce irmãzinha sendo bem cuidada.
A mãe de Maria teve complicações no parto e não resistindo veio a óbito, o que fizesse que o pai a deixasse cada vez mais e mais distante.

O pai arrotava o quanto os filhos eram importantes para o crescimento da pequena fazenda que eles tinha, os gados era o orgulho de Francisco que cuidava com muita dedicação de tudo o que tinha conseguido com trabalho duro e muito suor.
Os filhos Mário e Michel não se importava tanto com os negócios do pai, ao contrário de Maria que ajudava o pai a cuidar de todo o dinheiro que entrava e saia da fazenda. Se tinha uma coisa que a doce Maria fazia bem era contas tinha muita facilidade em aprender tudo o que se determinava a fazer.

- Papai, agora só falta pagar seu Jorge e depois a sua esposa dona Adelaide.

Adelaide era cozinheira da casa e Jorge além de ser seu amigo de infância era também o capataz do local.

- Maria pegue esse dinheiro e guarde, amanhã pela manhã a hora que Adelaide chegar você a entrega o valor.

- Está bem pai, vou fazer isso.

- Ah pai, a Agatha precisa de leite e também alguns itens, como sabonete, shampoo e também algumas roupinhas.

-As dela já estão ficando pequenas.

- Agora não da pra comprar essas bobeiras, Michel disse que tem que comprar uns livros e vou dar o dinheiro pra ele.

- E o senhor acha que é besteira cuidar de mim e de Agatha também?

O tapa no rosto veio com força, fazendo com que um leve gosto de sangue invadisse sua boca. Com os olhos cheios de lágrimas olhou para o pai que não se importou, ele virou as costas e saiu.
Maria estava cansada de trabalhar tanto e não ganhar ao menos sandálias de borracha, a pequena Agatha precisava de roupas pois estava crescendo e o pouco que tinha estavam ficando pequenas, como essa não foi a primeira vez que o pai lhe dara um tapa desses, ela simplismente abaixou sua cabeça e foi banhar a irmãzinha.

O dia amanheceu e lá estava ela, pasando a roupa que os irmãos iriam usar no dia. Eles não reclamavam dela fazer tudo na casa, sentiam pena dela, porque se o pai quisesse poderia contratar uma boa empregada para casa. De tanto falarem eles deixaram para lá, mas também não permitiam que o pai maltratasse Maria e muito menos a pequena princesinha da casa.

- O café está pronto Mário, vem Michel tomar seu leite enquanto ainda tá quente. Maria serve o irmão que olhando o roxo em seu rosto a questiona sobre o que tinha acontecido.

O pai entra na cozinha e lhe mostra o cinturão, caso ela falasse alguma coisa.

-Ah isso? - Sem querer bati na janela ontem e machucou um pouquinho mas logo sara.

-Eu só espero que o senhor não tenha ousado tocar em Maria Cristina, caso contrário o senhor vai se ver comigo.

A voz de Mário se ergue e o pai diz ainda mais alto que não tinha feito nada com a pirralha e se senta normalmente para tomar seu café. Maria com lágrimas nos olhos da o café da manhã para Agatha e logo depois sai da cozinha cabisbaixa.
Ela entra em seu quarto e chora capiosamente, a pequena princesa ao seu lado vem até ela e passa as mãozinhas no seu rosto coberto de lágrimas.

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