Colheita do Amor

Colheita do Amor Capítulo 7

Colheita do amor capítulo 7

Autora : Carol Silva

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Maria Cristina

A noite estava quente eu virava de um lado para o outro, quando cochilei veio as lembranças do meu pai com cinto na mão ele me batendo sem dó nenhuma, ouvia os estalos e os barulhos que faziam quando o cinturão chocavam na minha pele.

As marcas deixadas por meu pai ainda da para se ver em alguns locais, aonde a fivela pegava e rasgava minha pele fina.
Me ajoelho chorando e seguro um punhado de terra e juro a mim mesma que eu iria vencer na vida, sinto alguém me olhando e o perfume inebriante me faz se arrepiar.

Lorenzo se aproxima segura minha cintura e não tenho palavras para dizer nada deixo uma lágrima descer ele passa o dedo de leve em meu rosto me fazendo se arrepiar. Nossos olhos não se desgruda nenhum segundo, nossas bocas estavam tão próximas que o hálito de menta batia em minha narina.

- Eu posso?

Lorenzo quer me beijar? Será que é isso? Ai Senhor, sim acho que ele quer me beijar.

Nunca beijei ninguém... mil e um pensamentos vem na minha mente até eu sentir seus lábios se juntando aos meus. Não sei o que fazer, apenas sigo o seu movimento, deixo sua língua entrar e me arrepio inteira.
Nossas línguas se cruzavam calmamente, Lorenzo me puxa pra mais perto segurando firme minha cintura apenas nos separamos quando nos faltou o ar. Sem saber o que dizer ou fazer peço desculpas e saio correndo para o meu quarto.

Entro e Agatha dormia tranquila, a escolinha está deixando ela feliz e cansada.
Me aproximo da janela e Lorenzo ainda está no mesmo lugar,  ele não me vê só sei que o que aconteceu foi novo pra mim, sentir seus lábios nos meus foi uma sensação na qual não sei explicar, Lorenzo é o tipo de homem com as garotas sonham e eu sei que ele deve ser um galinha, um homem do seu tipo, bonito e milionário!  Ah deve ter muitas assanhadas no seu pé.

Me deito e logo consigo dormir, a noite passa tranquila como sempre. Acordo tomo meu banho, Stella bate na porta e eu abro pra ela entrar, ela se senta na minha cama e ao ver minhas roupas ela revisa os olhos.

-Você não está pensando em ir assim para o colégio, está?

Balanço a cabeça dizendo que sim.

- Só se eu não estivesse aqui, isso é roupa de se usar aqui na fazenda e não na cidade.

-Ainda mais uma cidade linda como Rio de Janeiro. Por acaso você já foi a praia?

-Ainda não, eu trabalho depois que chego do colégio.

- Hoje vai ser sua folga, eu e você vamos ao shopping e depois vamos a praia.

-Eu posso levar a Agatha? Ela arregala os olhos.

- maninha a Agatha é meu xodó,  só que praia é perigoso, o sol é forte e quero curtir o dia com você. - Depois de amanhã volto para Los Angeles.

- Porque você tem que voltar? Fica aqui na fazenda,  tem tantas coisas pra nos duas fazer juntas.

- Eu sei, mas tenho que tomar conta da empresa da família. Porque você não vem comigo.

Quando ouço esse convite meu coração se acelera, eu nunca me imaginei morando em Los Angeles.

- Será que sua mãe deixa? Pois dia Adelaide está para chegar e ela vem definitivamente tudo isso por mim.

- A tia Adelaide vai entender que é para seu bem, é seu futuro que está em jogo.

- E ainda tem a minha irmãzinha,  não posso deixar ela para trás. Ela só tem a mim.