- ( III ) -

2 1 0
                                    

(...)

Depois de iniciar as melhorias em seus equipamentos através das Aglaiades, o espartano subiria até o telhado de sua casa, onde deixaria seu escudo no topo deste em um sensor de raios-UV (relógio solar), significando que estaria acumulando energia solar através da Hecatita de Mêmnon em seu escudo.

Nisso, quando anoiteceria, Leandros se dirigiria ao seu quarto, vendo sua esposa chegar e, sem dizer uma palavra, indo com ela para dentro, onde se deitaria em sua cama e pouco depois refletiria bastante sobre os últimos acontecimentos.

Laila, sabendo que o espartano estava em luto à sua maneira, decidiria respeitar seu espaço, apesar de dividirem a mesma cama, porém, quando ela estava prestes a dormir, Leandros, olhando para o teto, diria:

- É sábio esconder aqueles que ama do perigo, Laila? - perguntava Leandros, enquanto sua esposa arquearia a sobrancelha.

- O que quer dizer com essa pergunta? - indagava Laila, conforme o espartano passaria a observá-la.

– Há 1 mês planejava ir sozinho para Roma cumprir este objetivo, não era minha intenção chamar Póllux ou Cástor e os demais... mas eles se disporam a me acompanhar, como meu filho o fez na guerra contra Bæwulf. – levava uma das mãos ao rosto. – Por isso pergunto, é prudente esconder aqueles quem amo do perigo das consequências de meus atos passados? É sábio... privá-los de escolher me seguir? – diria Leandros, enquanto Laila se voltaria pra ele e levaria a mão ao seu ombro direito.

– Leandros... não foi sua culpa o que aconteceu com Póllux, você mesmo disse, Sejano o matou, e você matou Sejano! A vida, infelizmente é assim, querido... – levava a mesma mão do ombro dele à bochecha. – Se prendermos àqueles que amamos, dentro de um quarto, que seja, apenas para protegê-los, não poderemos impedir que a morte chegue pra eles, apenas estaremos privando-os de ter um propósito na vida. – diria Laila, enquanto o espartano permaneceria reflexivo sobre suas palavras.

– Um propósito? – receberia uma afirmação de sua sabia esposa. – Mas e... se o propósito destas pessoas levá-las direto às suas inevitáveis mortes? – perguntava Leandros, enquanto a persa daria um breve sorriso.

– Eles terão partido com orgulho, pois no fim das contas: Ou irão se orgulhar por conseguirem cumprir seu propósito, ou por persistir até o fim sem se render. – acariciaria a barba dele. – É isso que significa ser um espartano, não é? – questionava Laila, fazendo-o permanecer em silêncio, pois ela realmente estava certa.

Após aquilo, ambos dormiriam profundamente durante aquela noite tenebrosa e fria, gerada pela mudança das polaridades e rotação da Terra, mas, mesmo durante seu sono, o espartano pensaria constantemente nas palavras de sua esposa.

Esparta, Grécia ~ 24/05/459 a.C.

Sexta-feira, 08:00

Depois de algumas horas, o som dos sinos da cidade tocariam, anunciando a chegada de algum membro da alta nobreza Imperial, enquanto as rádios-megafones que haviam nos postes de comunicação revelariam o retorno, depois de 6 meses, da Rainha Amazona, Elektra.

Logo, quando esta chegaria em sua casa, seria recebida por Laila, mas, notando a ausência de seu marido, a amazona arquearia a sobrancelha e chamaria por seu nome várias vezes, até que este surgiria de sua oficina e, depois de uma recepção relativamente mais fria que de costume, este contaria tudo o que havia ocorrido para ela, que entraria em choque imediato por todas as informações, mas, principalmente, ficaria triste por sua amiga.

ΠΕΠΡΩΜΕΝΟ (Destino), A Tumba de HeráclesOnde histórias criam vida. Descubra agora