A Câmara de Crisaor

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Templo de Héracles ~ 02/10/459 a.C.

Terça-feira, 10:00

Após Artamenes falecer adiante de Heléiade e Andrômaca, Leandros deixaria Laila no local para cuidar do corpo de seu amigo, pois sabia que César teria entrado para dentro da câmara, e iria com as demais atrás do Arco de Herácles, no fundo, torcendo para encontrar César no lugar.

Ao caminharem para o interior da câmara, eles seguiriam direto por um corredor menos iluminado com uma rampa que ia para baixo, com pinturas micênico-minoicas nas paredes representando todos os 12 trabalhos de Héracles.

Quando a luz do fim do túnel da rampa se tornava mais brilhosa, estes chegariam em uma sala de proporção monumental, com cerca de 1 hectare inteiro de área, tendo um longo altar no outro lado da sala que levava diretamente a um suporte onde se encontrava um objeto parecido a uma bossa de escudo, mas muito ornamentado e tendo a face de um leão esculpida.

À frente do altar, no meio da sala, havia uma pequena coluna dórica onde se encontraria o que parecia ser uma estátua de cerca de 2m de altura, feita de ouro, com um manto de pele de leão sobre seus ombros, uma espada dourada feita especialmente para sua mão e, além disso, um escudo áspide tingido de prata tão polido que era como um espelho refletor de luz total.

Pelas laterais da sala haviam apenas colunas em peristilo que deixavam somente o caminho central e dois laterais no meio, onde estaria a estátua, livres para seguir em frente.

Ao ver a estátua, Leandros logo se manteria alerta quanto a possíveis surpresas desta, imediatamente passando a prosseguir seu caminho junto aos demais para subir o altar, mas, de repente, um penacho endurecido atingiria o pé da estátua de raspão, ecoando um som de metal raspando, chamando a atenção de todos.

Ao voltarem sua atenção para a estátua, esta imediatamente começaria a brilhar seus olhos de uma cor carmesim, ao passo que o metal que a envolvia começaria a se quebrar como vidro até que de dentro desta um sujeito com a mesma altura da estátua surgiria, portando o mesmo equipamento, porém, utilizando uma couraça muscular prateada sobre uma quíton, um cinto como o de hipólita com escarcelas até seus joelhos, grevas e finalmente um par de buskins que tinham pequenos ornamentos de oricalco.

Portava um elmo coríntio clássico mas sem abertura no nariz e na boca, apenas deixando os olhos visíveis, sendo a abertura nos olhos maior como dos elmos clássicos, tendo também abertura em ouvidos e proteção do pescoço, além de possuir uma crista e ter em seu antebraço direito um avambraço sobreposto a uma manopla sem dedos que ia desde o cotovelo até a palma da mão em um envoltório de linho semi-acolchoado.

Seu vislumbre o lembrava vagamente a um guerreiro espartano com hierarquia superior antes das reformas de Leandros, tornando-o imponente em seu aspecto físico, além, claro, de possuir uma musculatura tão vasta e densa que deixava Cratos, Cástor, Ajax (o grande), Spiculus e o próprio Bæwulf como "peso-pena" se comparados a ele.

Suas mãos eram igualmente grandes como seu corpo, mas quase que desproporcionalmente maiores que os de alguém de seu tamanho, sendo grande o bastante para utilizar sua grande espada de 1,25m (1m de lâmina e 25 de empunhadura) como se fosse uma mera espada de uma mão, e seu escudo áspide, além de ser muito polido, era menos côncavo e mais largo que o normal, dando maior capacidade de defletir ataques e aguentar impactos, tendo um diâmetro maior que os áspides convencionais ao ir desde o ombro dele até pouco abaixo de seus joelhos.

ΠΕΠΡΩΜΕΝΟ (Destino), A Tumba de HeráclesOnde histórias criam vida. Descubra agora