O Átrio de Hyperion

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Templo de Herácles ~ 02/10/459 a.C.

Terça-feira, 08:31


Imediatamente ao ver aquilo, Leandros arquearia uma sobrancelha em sinal de dúvida, indo até a sala junto dos demais, quando então Cástor veria dois timões de grande tamanho à sua frente e diria:

– Leandros, tem duas rodas de leme aqui, será que isso deve mover alguma coisa? – questionava Cástor, enquanto Leandros iria até os objetos e seguraria os apoiadores da roda, começando a movê-la para cima.

Ao fazer isso, concomitantemente, uma espécie de espelho triplo e opaco se formaria ao redor do cristal, deixando somente uma abertura na direção do corredor, emitindo um feixe poderoso de luz solar primordial na direção do espelho convexo do teto, que refletiria na mesma hora o feixe para o espelho do cristal enegrecido, emitindo uma espécie de bola de fogo parecida à radiação solar que logo soltaria um feixe com o triplo da densidade, intensidade, calor e força contra o globo de Atlas, que transmitiria toda a energia pelo corpo deste, começando a mover a estátua até esta ficar totalmente em pé.

– Acho que já vimos pra que servem, agora só preciso de algo pra segurar essas rodas e... – nisso, uma barra de aço maciça sairia da parede, segurando as hastes da roda e impedindo-as de voltarem à posição inicial. – Nem precisei terminar, hehe. – ironizava Leandros, ao passo que uma passagem secreta se abriria e todos caminhariam até ela.

– Leandros, agora apenas falta Artamenes e as garotas conseguirem encontrar o segundo refrator e.... – uma figura masculina sairia de dentro da escura passagem correndo contra o espartano. – CUIDADO!!! – exclamava Laila, disparando pela sua mão três estalactites de água Talássica (água encantada com maná divino do cajado), mas o homem desviaria a tempo de golpear Leandros com um potente soco em seu rosto e jogá-lo contra uma parede, prendendo-o nela após quebrá-la.

– Ninguém irá se aproximar e profanar o túmulo de meu irmão!! Não irei permitir que ninguém manche sua honra e tome de sua tumba o arco com o qual derrotou as crias de Tifão! – exclamava o homem, que portava consigo uma couraça grega parecida ao modelo arcaico, sem musculatura moldada nela.

O homem media cerca de 1,85, possuindo uma musculatura muito robusta e definida, além de ter um cabelo curto de estilo romano, com tranças laterais e na parte de trás da cabeça, formando o que se assemelhava a uma diadema de rei espartano após as reformas de Leandros.

Possuía apenas um cavanhaque em seus pelos faciais, e como armadura tinha espaldeiras e ombreiras que se complementavam com uma capa da cor vermelho-vinho como as armaduras de generais romanos, terminando em um cinturão com escarcelas longas de couro ornamentadas em ouro e pérolas sobre uma subligar e um saiote da cor acinzentada sobre um quíton de cor azul-marinho bem escuro.

Não utilizava elmo, e seus antebraços eram envoltos em dois avambraços perfeitamente feitos para deixar sua musculatura mais proeminente, apesar destes estarem sobre envoltórios de linho que terminavam em luvas sem dedos de grande espessura, cobertas por pano escarlate que ia desde o início do envoltório até os cestus das luvas.

ΠΕΠΡΩΜΕΝΟ (Destino), A Tumba de HeráclesOnde histórias criam vida. Descubra agora