Imperador Heráclida

3 1 0
                                    

Esparta, Grécia ~ 03/10/459 a.C.

Quarta-feira, 10:00

No outro dia após retornar à sua casa, não havendo sequer permanecido nesta, Leandros, que se encontrava nas colinas da Lacônia treinando seu corpo e mente para sincronizar-se com sua invulnerabilidade e se acostumar com ela; decidiria ir para a cidade para enfim levar os presentes ao Imperador.

No dia anterior, além de seu treino de meditação, ele deixaria sua armadura toda sobre uma rocha, e, sabendo dos equipamentos adquiridos e seu simbolismo para com os reinos e especialmente Esparta e o reino das Amazonas, este então chamaria um autômato para servir de manequim e colocaria nele equipamentos que daria de presente a Plistarco para que este usasse em batalha e vencesse seus inimigos.

Primeiro, ele colocaria nele a couraça de Polidoro com as brafoneiras, o cinturão de Hipólita, as grevas da corça de cerineia (que haviam sido fundidas às de Eudoros no dia anterior por Leandros) e o coxote de Nestor, bem como o manto do Leão da Nemeia e a espada de Crisaor, a qual se adaptaria ao tamanho de Leandros e consequentemente ao de Plistarco também, ficando com cerca de 90 cm, sendo 75 de lâmina com o formato de uma gladius padrão romana na lâmina e a empunhadura de uma xiphos falangina. Acima da cabeça colocaria também a diadema de Agammenon.

Depois disso, também daria suas manoplas, colocando acima de uma destas a pulseira de César, com a qual podia criar qualquer tipo de arma, ficando sem nenhum equipamento de proteção em sua posse a não ser o manto de cintura da esfinge de Mêmnon e sua camiseta-gambeson de pêlos da Ursa Maior.

Logo, ele partiria junto ao autômato, chegando após algum tempo no Palácio de Plistarco no alto de uma colina, ao lado de sua casa, no centro principal da cidade, subindo as escadas deste até chegar na sala do trono Imperial, vendo todos reunidos diante da varanda, onde sacerdotes persas, celtas, egípcios, bárbaros e gregos se estariam vendo a cremação dos corpos de Heléiade, Andrômaca e Artamenes, podendo ser vistos desde as ruas abaixo da varanda uma enorme multidão reunida em luto.

Melodias relaxantes e muito lúgubres eram ouvidas desde as rádios dos postes, e a tristeza era evidente em todo o povo helemênida, mesmo o próprio Leandros não estava isento daquele sentimento, e por conta dele, seu ódio contra Roma não o permitiria desviar seu foco de vingança, e assim sendo, chegaria perto de Plistarco, tocando em seu ombro enquanto lhe dizia:

– Meu senhor.... – dizendo tais palavras, ele veria o imperador se voltar para ele com o olhar levemente sério e abatido. – A guerra contra Roma ainda não acabou, eles precisam pagar por esse sacrilégio! – diria Leandros, enquanto Laila, que estava presente, junto às filhas do espartano, veria o fogo consumir Artamenes e as lágrimas escorriam por seus olhos.

– Por favor, meu tio, não é momento de falar de guerra nem de vingança....você não percebe a perda que o Império sofreu? Quanto mais temos que perder para que veja que não é uma boa ideia seguir essa expansão! – diria Plistarco, enquanto Leandros pegava nos ombros de seu tio com menos delicadeza e o virava 360° para trás, fazendo os espartanos e presentes verem-no e ficarem em guarda para atacar.

ΠΕΠΡΩΜΕΝΟ (Destino), A Tumba de HeráclesOnde histórias criam vida. Descubra agora