Epílogo: Retorno dos Heráclidas

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Alguns meses após a missão da Mauritânia, Plistarco, ao ser treinado por Leandros, partiria com uma Legião grega inteira para a mesma região com intuito de conquistá-la, passando rapidamente para Cartago com suas tropas e uma pequena guarda pessoal de 2500 espartanos veteranos da época das Guerras Médicas (os últimos nascidos antes das reformas), totalizando 12500 homens.

No entanto, ao chegarem na cidade de Iol, montado em seu Pégaso e com a diadema de Agammenon brilhando em sua cabeça, Plistarco se depararia com algo inusitado, pois apenas ao verem-no, os legionários romanos presentes no local se ajoelhariam e prestariam continência aos Helemênidas, enquanto traziam os poucos homens leais a César daquela cidade como prisioneiros, ao passo que o povo jogava flores a cada marcha deles, aceitando-os como seus dominadores por tirá-los do domínio de Roma.

A resposta disso era que a diadema de Agammenon havia tido parte de seu poder removida na morte de César, mas não a lealdade dos seus homúnculos criados do sangue de Spiculus e Livius e do pó da terra, de modo que prontamente  sua lealdade seria dirigida ao dono da coroa, que era Plistarco.

Entretanto, graças à perda do poder da coroa, tais homúnculos ganhariam maior livre-arbítrio, e ao verem Plistarco com sua coroa sabiam que estavam livres da escravidão de lealdade de César (anti-livre arbítrio), se tornando totalmente leais ao novo imperador.

Isso ocorreria conforme Leandros e Plistarco passavam por toda a Mauritânia, recebendo reforços militares qualificados por parte destes homúnculos e prisioneiros de todos os cantos, além de libertarem escravos dos romanos naquela região.

Em questão de semanas toda a Mauritânia seria anexada ao império Helemênida, e Plistarco enviaria todos os homúnculos de César para a Cirenaica, em Cirene, onde receberiam um treinamento qualificado às táticas Helemênidas e equipamentos de infantaria média (hoplitas), subindo para mais 20.000 o número de soldados desta infantaria, ao passo que Leandros iniciava o processo de reforma da região.

A invasão contra Roma deveria ser um cerco total, portanto, ele e seus homens precisavam fortalecer suas fronteiras, seus exércitos e as regiões recentemente conquistadas, além dos vassalos bárbaros, que precisavam de cidades parecidas, o que, mesmo com o número enorme de autômatos trabalhadores e máquinas de trabalho motorizadas a energia elétrica ilimitada, as obras de todo o império demorariam ao redor de 8 anos para ficarem totalmente prontas.

Mas durante 10 anos, Leandros estaria à frente das obras e das eleições Satrapiais, fazendo uma divisão básica dos territórios da Mauritânia, dividindo nas satrápias da Numídia (Argélia), Mauritânia (Marrocos) e Heleádia (Saara Ocidental), esta última em homenagem à Heléiade.

Destas satrápias, haveriam, respectivamente, 5 Províncias em cada uma, seguidas de outras divisões menores em cada, elevando o número de províncias do império Helemênida para praticamente 75.

Os reis da Numídia, Mauritânia e Heleádia, ao não haver um governo único no local, seriam elegidos por Plistarco, sendo estes, respectivamente, o filho bastardo do rei de Cuxe, da província da Núbia, agora renomeado Anaxandro I; o irmão de Hannon, o navegador, agora conhecido como Amílcar I, da Mauritânia; e por fim o irmão de Artaxerxes, filho de Xerxes, Arsames, agora conhecido como Ariâmenes I, o Africano.

ΠΕΠΡΩΜΕΝΟ (Destino), A Tumba de HeráclesOnde histórias criam vida. Descubra agora