Salto para a Glória

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Caverna de Atlas ~ 02/10/459 a.C.

Terça-feira, 03:00

– Saltar?? Você quer que a gente pule essa altura que nem sabemos onde termina, Leandros?!?! Ficou maluco? É diferente pular a altura de um morro, que já é absurda, mas pular daqui até onde não sabemos?? – indagava Cástor, encarando Leandros, visivelmente assustado com a ideia.

– Se queremos chegar lá embaixo mais rápido pra não esperar que o elevador volte, é a melhor forma, caso tenha outro plano, sou todo ouvidos. – diria Leandros, calando Cástor de uma vez.

– Bem, como podemos ter certeza que iremos sobreviver a uma queda dessa altura? Nem você, provavelmente, não sobreviveria. – questionava Andrômaca, ao passo que Leandros olhava para Laila e assentia pra esta.

– Da mesma forma que saltamos naquele morro lá perto do acampamento será como iremos pular aqui, todos ficarão unidos a mim em correntes mágicas que Laila irá fazer ao nosso redor, e eu irei nos impulsionar pra baixo chutando o ar, assim chegaremos em questão de segundos. – ao dizer isso, Laila formaria correntes de maná sólido ao redor dele, dela e de seus companheiros. – Laila, forme um vínculo de proteção em nossos corpos com seu feitiço, pois com a velocidade que iremos atingir é provável que seus corpos sejam destruídos pela mera aceleração.

– Certo, farei o possível. – diria Laila, enquanto usava o cajado pego por ela ao vencer Ktesios e dava um toque no chão, emitindo símbolos mágicos luminosos em todos. – Esse cajado realmente tem qualidades únicas. – pensaria, ao passo que Leandros se prepararia para pular.

– Chegaremos em alguns instantes, não se preocupem! – gritaria Leandros, pulando para o alto e posteriormente girando no ar para então virar de cabeça pra baixo e chutar o ar com força máxima, como se estivesse se impulsionando para o combate, atingindo imediatamente a velocidade do som (Mach 1).

– PÉSSIMA IDEIA!!! PÉSSIMA IDEIAAAAAAAAAA!!! – gritava Cástor, quando então todos quebrariam a barreira do som com a velocidade de queda do espartano.

Graças à habilidade de Laila de retirar a resistência do ar, a queda deles seria acelerada o dobro, portanto, em pouco tempo atingiriam uma velocidade de Mach 9 de velocidade ao caírem, formando uma aura de fogo ao redor destes que não seria sentida devido ao vínculo mágico.

O vínculo mágico de Laila tinha a capacidade de retransmitir os efeitos ambientais no corpo daquele que estivesse com ele, ou seja, o calor emitido pela alta velocidade era transmitido para as partículas de ar ao redor, incinerando-as e assemelhando-os a meteoritos.

Pouco a pouco a velocidade apenas aumentaria até seu ápice em Mach 40, e finalmente Leandros conseguiria observar desde longe o teto superior do elevador, onde estavam fixadas as bases das pontas perfurantes de prata do Desafio de Hespera.

Assim, ele pegaria de suas costas sua alabarda e a levaria para o lado, canalizando chamas primordiais por toda sua extensão e posteriormente acumulando o calor da aceleração até que concentraria a energia na ponta da arma e a esticaria até 7m, quando então chocaria esta no teto e dispersaria toda a energia acumulada, quebrando o teto e causando grande temor em Andrômaca e Cástor, que diriam:

– É O NOSSO FIM!!! VAMOS MORRER!!! – gritavam, simultaneamente, Andrômaca e Cástor, quando então Laila negaria a gravidade ao redor de todos e, à 3m do chão, parariam flutuando, vendo os escombros do teto sobre este e pousando logo depois.

– Nem parecem guerreiros bem treinados, recomponham-se, hm! – diria Artamenes, ao passo que seguiria caminhando ao lado de Leandros até o corredor.

– Aquietem-se! Acho que ouvi alguma coisa. César e seus homens passaram por aqui não faz muito tempo, essas pegadas de sangue são de cáligas e carbatinas. – diria Leandros, analisando o formato das pegadas enquanto observava a escadaria levar até um caminho mais amplo.

– Não baixem a guarda. – diria Artamenes, ao passo que sacaria ambas as espadas e caminharia com todos para o fim do corredor.

ΠΕΠΡΩΜΕΝΟ (Destino), A Tumba de HeráclesOnde histórias criam vida. Descubra agora