- ( XII ) -

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Quando Lissa via Leandros relutante em atacar, esta daria o primeiro passo no combate, avançando contra ele com suas xifídios carregadas de poder furioso, desferindo golpes que forçariam o espartano a se proteger com seus avambraços, porém, Algos surgiria ao seu lado à Mach 50 e desferiria um poderoso ataque com sua clava, jogando-o contra o chão desarmado após atingir seu peito.

– Essa força... apenas posso me equiparar à ele em meu poder máximo, mas isso implicaria fortalecer Lissa ao ponto de não ser capaz de lidar com ela... preciso dar um jeito de me livrar dessa praga pra poder derrotar Algos, ou os dois vão me eliminar! – pensava Leandros, quando então Algos daria uma risada e caminharia tranquilamente na direção dele, buscando golpeá-lo sem usar toda a sua força com sua clava, forçando-o à se proteger segurando a arma.

– Péssima ideia, cria de Deucalion! – liberava uma descarga elétrica ciana que faria o espartano sentir a pior dor de sua vida, que afetaria até a sua alma. – Hahaha! Tal qual a dor de 1000 mulheres dando a luz, você sentirá percorrer por cada nervo de seu corpo uma agonia e aflição tão grandes que o farão ansiar pela morte. – diria Algos, fazendo o espartano arfar com uma dor enorme.

– Algos, não vai me dizer que quer roubar minha vítima, não é? O esquentadinho estava me divertindo tanto. – debochava Lissa, enquanto olhava o espartano com uma expressão de pura insanidade disfarçada de luxúria.

– Não, Lissa, apenas farei com que ele sofra... hahaha! Em breve sua consciência, seu subconsciente, e cada pedaço que compõem o teu ser entrarão em colapso devido a tanta dor, e quando cair nos braços de Morfeu, aí então nossa tarefa estará concluída! – exclamava Algos, fazendo o espartano gritar de dor antes de começar a convulsionar no chão devido à dor enorme que sentia.

Durante aquele instante muito curto, o espartano apenas se lembraria das primeiras visões que havia tido ao receber sua marca em 480 a.C., porém, as pessoas mostradas em suas visões apenas pareciam lhe darem às costas, até o dia que ele derrotou Enéias e evoluiu sua marca para um segundo estágio, quando então uma das pessoas finalmente se voltaria para ele.

A pessoa em questão era uma mulher ruiva, muito jovem, com aproximadamente 25 anos, que usava roupas do final da Idade Média, porém, a mesma não havia se pronunciado em nenhum momento, a não ser erguido sua mão direita para ele, revelando uma tocha olímpica grega antiga, com chamas verdes e uma letra hebraica que dizia "Y", o que para os gregos era o Gama.

E naquele momento em que se encontrava à beira de sua morte, o espartano novamente faria mais duas pessoas de suas visões se voltarem para ele, sendo um homem veterano de guerra, que havia aparecido junto à garota na primeira visão, e seu amigo, Póllux, erguendo mais duas tochas com a letra hebraica "H", ou "Éta" em grego.

E nisso, Póllux caminharia em direção ao espartano, portando sua "tocha", enquanto apontava para ele, sendo seguido pelos outros dois indivíduos de suas visões, que imediatamente fariam a marca do espartano brilhar ainda mais, conforme o antigo amigo dele diria:

– Suas emoções se esvaem conforme sua dádiva ascende, aprenda a dominar os sentimentos que o tornam humano, e só então poderá despertar a última letra... – uma pessoa de costas em um fundo escuro era vista de longe, não sendo possível definir quem era. – Não deixe que suas emoções o dominem, mas não as prive, pois somente com a ajuda delas você poderá chegar ao último estágio. – diria Póllux, enquanto se esvaía junto aos demais indivíduos da visão.

ΠΕΠΡΩΜΕΝΟ (Destino), A Tumba de HeráclesOnde histórias criam vida. Descubra agora