- ( XV ) -

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Mas nisso, o espartano surgiria de dentro dos escombros com sua fúria ativa, denotando enorme sede de sangue e vontade de lutar, surpreendendo o guerreiro, que por um momento acabaria se distraindo com aquilo e permitiria que Leandros desaparecesse de sua vista e reaparecesse à sua frente, com seu escudo em mãos, golpeando seu abdômen ferozmente e dando outro ataque diagonal com a chapa do escudo, fazendo-o cambalear para trás.

Para finalizar, ele invocaria a lança de Menelau e desferiria uma estocada no ar voltada para ele com toda a energia cinética armazenada pelos golpes do escudo e mais uma parte da energia cósmica do sol, armazenada durante os meses de treinamento, formando um redemoinho de chamas solares que atingiria o homem, jogando-o para o outro lado da arena, surpreendendo tanto ele quanto sua irmã.

— Cratos! — exclamava Bia, levemente preocupada com o golpe recebido por seu irmão.

De repente, Cratos sairia de dentro dos escombros com algumas queimaduras superficiais de seu corpo e somente um fio de sangue escorrendo por seus lábios, dando um sorriso malicioso e pouco depois cuspindo no chão, dizendo:

– Um golpe insignificante destes não irá me matar, Bia, mas estou surpreso... posso ver que ele ficou quase 3x mais forte do que antes. Só que isso ainda não é o suficiente para me enfrentar! – exclamava Cratos, reaparecendo à frente do espartano após dar uma arrancada que deixaria um rastro de fogo formado por suas pegadas.

– Não queria ter que usar, mas não tenho escolha! – pensava Leandros, ativando sua nova marca e pouco depois, junto dela, emitindo a aura mágica de seu corpo, que agora, unindo sua fúria e sua marca, ampliava seu poder base em 50x.

Logo, ele desapareceria a lança e escudo, desviando do corte da espada de Cratos, que mesmo não acertando emitiria uma onda expansiva de ar que estremeceria toda a arena e a câmara, deixando um leve corte na bochecha do espartano, que então aceleraria e agarraria o guerreiro em uma disputa de força, chutando seu abdômen e lhe desferindo golpes em pontos de pressão para tentar lhe desarmar, sendo um sucesso.

Mas ao conseguir isso, Cratos rapidamente se recuperaria e o agarraria pelo pescoço, levantando-o e correndo com ele pela arena, arrastando seu corpo pela parede, que se quebraria com cada impacto, obrigando Leandros a tentar se soltar, conseguindo após chutar o queixo de Cratos e o fazer girar em pleno ar até cair.

– Cratos, pare de brincar com essa escória, ele matou meu filho, faça ele pagar! – diria Bia, enquanto Leandros arregalava os olhos ao ver que o guerreiro estava brincando com ele.

– Mesmo sem sua espada, a força e poder dele estão em níveis que não consigo mensurar... e sua essência de Daemon, associada à sua força bruta, fazem que ele consiga me atingir mesmo com a proteção de Essência ônix Instável ao redor de meu corpo quando coloco o elmo. Se eu remover meu elmo, é certeza que ele irá me matar. Preciso dar um jeito de acabar com ele antes disso. – pensava Leandros, ofegante, enquanto se colocava de joelhos e via o homem se levantar.

– Está vendo como meu poder é vasto? Não sou apenas força bruta, sou a encarnação do próprio poder, o poder divino, como tal sou dos poucos capazes de ferir verdadeiramente um deus com as mãos limpas! – estralava o pescoço. – Como você foi o primeiro mortal à me ferir, serei generoso e antes de te matar, vou te contar um segredinho: Bia e eu não somos Daemones! Nosso pai, o titã Palas, nos teve com uma Ninfa, Estige, a mesma que deu origem ao Rio, ou seja, da mesma forma que Tifão e as outras bestas que surgiram dele e de Equidna, bem como de Gaia e Tártaro, somos seres Netéreos! – diria Cratos, conforme o espartano ficava um pouco ofegante pela surpresa.

ΠΕΠΡΩΜΕΝΟ (Destino), A Tumba de HeráclesOnde histórias criam vida. Descubra agora