A Oferenda das Plêiades

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Caverna de Atlas ~ 02/10/459 a.C.

Terça-feira, 06:15

Enquanto Leandros e seus companheiros seguiriam atrás de César, o romano se encontraria no próximo nível da caverna, onde veria um grande portão de oricalco com um altar à sua frente, e sendo assim ele seguiria até o púlpito que se localizava adiante do altar, vendo duas tabuletas, que diziam:

ESTE ALTAR EXIGE
O SACRIFÍCIO DO
MAIOR BEM DE
UM SER HUMANO,
ALGO QUE NÃO SE
PODE PALPAR.

AS PLÊIADES, FILHAS DO
PODEROSO TITÃ, ATLAS,
SÃO AS GUARDIÃS DESTE
PORTÃO, E PARA QUE AS
AGRADE, VIAJANTE, DÊ
A ELAS AQUILO PELO
QUAL TODO HOMEM SE
MANTÉM VIVO E PELO
QUAL TODO HOMEM
COBIÇA, NÃO SENDO
O AMOR, AS RIQUEZAS
OU A LUXÚRIA.

DÊ AQUILO EM QUE MAIS
SENTE CONFIANÇA E QUE
DE SEU SANGUE NÃO FAZ
PARTE, MAS PELO TEMPO
LHE FAZ IGNORAR LAÇOS
DE SANGUE E AMAR COMO
SE DE SEU SANGUE FOSSE.

Ao ler aquilo, César arquearia a sobrancelha e imediatamente vários mortos-vivos surgiriam no local, semelhantes aos da arena anterior, mas dessa vez com alguns deles sendo arqueiros.

Estes portavam arcos recurvos longos de madeira de freixo envolta em uma camada articulada de placas de bronze semi-laminadas, possuindo dentro destas placas uma tecnologia complexa que envolvia dezenas de roldanas, de modo que a corda do arco tinha uma força de tração 10 vezes superior à de um arco longo inglês, por conseguinte, 5 vezes superior ao de um arco longo grego.

Isso permitia disparar flechas a 612 km/h com uma energia acumulada equivalente à da mais forte manubalista polidártica atual dos gregos, que era a de longa distância, portanto, equivalente ao disparo de um sniper moderno.

Outro detalhe interessante era que suas flechas não eram comuns, possuindo uma ponta muito longa e pontiaguda como uma agulha, mas com uma saliência central oca semelhante a uma pequena cápsula em que haviam cristais de rubi brilhantes que emitiam uma espécie de energia mística.

Tendo menos da metade de uma centúria à sua disposição para o combate, e sem outra saída, César engoliria saliva e sacaria a espada de Rômulo e criaria em sua mão esquerda uma lança Hasta, canalizando energia mental materializada por ela e essência de oricalco para então dar uma estocada em um dos mortos-vivos que o atacariam, liberando uma explosão de estilhaços contra outros 4, que morreriam de imediato.

Entretanto, uma saraivada de flechas atingiriam seus homens, liberando explosões de fogo de 1000°C que causariam queimaduras graves em seus companheiros, matando muitos dos homens, e mesmo com os demais lutando bravamente por suas vidas, não tinham condições físicas de seguir em frente.

Ao ouvir o som de um feitiço sendo lançado em micênico antigo, César olharia para trás e observaria um homem de mediana estatura, com físico de erudito, portando consigo uma pequena pedra lisa e plana com o símbolo de um nonagrama à frente e várias letras micênicas antigas.

– (Venham, filhos de Pã, filhos de Íxion, e mostrem a estes hereges a fúria dos deuses que eles tanto imploram na hora de suas mortes)!! – diria o homem, tocando a pedra rapidamente no chão, transmitindo uma magia mística que emitiria fogo verde em forma de anel ao redor deles, invocando das chamas diversos portais de fogo.

ΠΕΠΡΩΜΕΝΟ (Destino), A Tumba de HeráclesOnde histórias criam vida. Descubra agora