- ( XVI ) -

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(...)

Enquanto isso, Cipião e seus homens desceriam por mais um elevador, que desta vez demoraria menos para chegar ao seu destino, permitindo que pudessem avançar até a próxima câmara, onde observariam um enorme portão de bronze, o qual se abriria espontaneamente.

Logo, enquanto seguiam adiante, observariam inúmeros caixões de pedra parecidos com sarcófagos egípcios espalhados pela câmara, engolindo saliva e dando a ordem aos seus homens para se manterem juntos e evitarem tocar nos mesmos enquanto estivessem seguindo pelo caminho principal.

Posteriormente, estes chegariam na frente de um enorme portão de Oricalco, o qual parecia se abrir com uma chave que não se encontrava por ali, tendo, à sua frente, um plinth com uma tabuleta que dizia:

EIS A SALA ONDE OS
LENDÁRIOS ESTÃO EM
REPOUSO ETERNO,
LUTANDO MESMO
APÓS A MORTE

ESTA É A CÂMARA DE
IOLAU, O GRANDE
AMIGO DE HERÁCLES
E PARA TAL, É O ÚLTIMO
DESAFIO PARA QUE SE
ENTRE EM SEU TEMPLO

QUE THÁNATOS TRAGA AQUI
TODOS OS SERES GLORIOSOS
DA ERA DOS HERÓIS DA
HUMANIDADE
E QUE A CHAVE DE EPIMETEU
GUIE O SEU CAMINHO.

Ao ler tais palavras, Cipião e seus homens ouviriam um sarcófago se quebrar longe de onde estavam, arregalando os olhos ao observar um homem musculoso e alto sair de dentro daquele caixão.

– Então não consegui chegar ao Olimpo no fim das contas... minha soberba gerou minha ruína, mas compensarei isto protegendo este templo dos deuses! – diria o homem, enquanto pegaria uma lança Dory e, através de sua tênia (diadema de adorno da cabeça), emitiria uma luz dourada que envolveria sua lâmina com Éter.

– Quem é você?! – questionava Cipião, encarando o homem, enquanto colocava seus soldados e escravos próximos ao portão.

– Minha armadura por acaso não lhe diz nada, forasteiro? – perguntava o homem, enquanto Cipião veria um Pégaso esculpido em relevo na sua couraça.

– B-Belerofonte! – diria Cipião, em pose de combate.

– Ah, vamos, sabe que não vai conseguir me vencer assim. – desferiria uma estocada no ar, liberando uma esfera de Éter contra Cipião, que pularia para o lado e veria um escravo ser atingido, desaparecendo completamente. – Com esta arma eu matei a poderosa Quimera de um único golpe, e é com ela que vou enviá-los ao Tártaro! – exclamava Belerofonte, correndo contra Cipião a uma velocidade que este sequer conseguia acompanhar com os olhos.

– Droga! – pensava Cipião, girando 360° e recebendo um golpe giratório com o cabo da lança em sua costela, tendo sua armadura amassada e sendo jogado pra longe.

Pouco depois, Belerofonte seguraria Cipião pelo pescoço e o levantaria acima do chão, apertando-o para sufocar sua garganta, fazendo com que este se contorcesse tentando escapar, sem sucesso.

Mas antes de começar a ter sua visão entorpecida pela falta de oxigênio, Cipião, em um ato reflexo, faria surgirem, com seu Maná, várias flechas de energia solidificada, atingindo o guerreiro e o forçando a soltar Cipião, que imediatamente se recuperaria e ergueria as mãos para o mesmo, liberando uma rajada de magia pura envolta em energia mental que jogaria Belerofonte para longe, destruindo uma coluna de mármore com o choque de seu corpo.

ΠΕΠΡΩΜΕΝΟ (Destino), A Tumba de HeráclesOnde histórias criam vida. Descubra agora