- ( VII ) -

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Intrigados com a aparência esbelta e bem definida das estátuas femininas, 3 pretorianos desobedeceriam as ordens de Cipião e caminhariam até a estátua de Afeleia, onde um deles diria:

- Ei, pessoal, olhem, se essa estátua fosse verdadeira, seria uma gracinha, não concordam? - ironizava o romano, rindo junto de seus companheiros, conforme se insinuava para a estátua de uma forma peculiar.

- Ei, para! Se Cipião nos pegar fazendo gracinha com essa estátua a gente tá morto! - diria outro pretoriano, poucos antes do homem sorrir de forma desafiadora.

- O que a estátua vai fazer comigo? Me cegar com o brilho da luz refletindo nela? Hahahaha, deixem de medo, homens! - debochava o romano, enquanto esfregaria sua pelve pelos pés da estátua.

Entretanto, após o homem encostar sua pelve na estátua, os olhos da mesma se abririam como se fossem de carne e esta, com um simples movimento usando a ponta de seu dedão, chutaria a genitália do romano, sendo um impacto tão forte que de suas braccaes começariam a sair respingos de sangue, simbolizando sua castração imediata.

- Quem são vocês, que ousam profanar a Câmara de Hespéris? - perguntava a mulher, enquanto pedaços de ouro cairiam de sua pele, que se revelaria idêntica à da mulher dos cabelos sencientes que Cipião havia eliminado.

Diante daquilo, todos os demais se voltariam para ela, enquanto o companheiro do romano castrado se afastaria do local para se aproximar aos demais, deixando seu amigo definhando e arfando de dor, enquanto Cipião franziria o cenho e diria:

- Eu disse para vocês não mexerem com essas estátuas, tolos! - encarava a mulher, que imediatamente desceria do Pinth. - Não desejamos, sob nenhuma hipótese, causar desordem nesta câmara, por favor, permita-nos passar e deixaremos que puna Flávio como bem entender. - diria Cipião, se colocando adiante de seus homens, olhando com raiva para aquele que definhava de dor.

- E o que se supõe que vocês irão fazer quando atravessarem a câmara? - olhava direto para Cipião. - Posso ouvir o coração de cada um de vocês, e se pretendem profanar o interior do túmulo de Herácles com a impureza que preenche suas essências, terão que me matar, pois não permitirei que sujem o chão deste glorioso Mortal! - exclamava Afeléia, enquanto erguia suas mãos para os lados e fazia uma dúzia de ânforas de ouro flutuarem ao seu redor.

- O que ela está fazendo?! - questionava outro pretoriano, ao lado de Cipião.

- Ao grandíssimo rei dos deuses, Zeus, concedo este sacrifício humano, como prova de minha mais sincera devoção! - exclamava Afeleia, fazendo dois movimentos sutis com seus dedos para pronar seus antebraços, liberando uma aura de fogo dourado por todo o seu corpo.

Nesse mesmo momento, todas as ânforas seriam rodeadas por tais emissões flamejantes de sua aura, as quais consumiriam os objetos e transformariam em discos serrilhados extremamente afiados feitos de um isótopo sobrenatural do ouro, apontando suas mãos para eles, fazendo a aura se condensar na superfície dos discos sob a forma de uma luz amarela enquanto estes eram disparados contra os invasores, girando-os 5x mais rápidos que uma serra elétrica moderna.

ΠΕΠΡΩΜΕΝΟ (Destino), A Tumba de HeráclesOnde histórias criam vida. Descubra agora