ΠΕΠΡΩΜΕΝΟ (Destino), A Tumba de Herácles

- ( XIV ) -

(...)

No momento que Ananque se preparava para enfrentar Cástor, Elektra e os demais companheiros de Leandros, esta faria um par de asas com penas de cor bronzeada surgirem de suas costas, enquanto revelava um fuso mágico em seu cinto, do qual brotavam vários fios sencientes e prênseis.

- Patéticos... Cratos e Bia sempre me deixam para limpar suas bagunças, mas desta vez não vou ser tão clemente como quando os deuses nos prenderam aqui. - diria Ananque, apontando sua mão para os companheiros de Leandros, enquanto vários fios se entrelaçavam para formar "parafusos".

Tais parafusos logo seriam disparados contra os companheiros de Leandros às centenas, forçando-os a desviar com tudo o que tinham de velocidade, sendo atingindos de raspão em alguns momentos, se surpreendendo, pois tais fios entrelaçados não eram de uma fibra comum, e sim de um tipo de material derivado do Ônix.

- Essas coisas parecem balas! Todo mundo para trás. - diria Elektra, enquanto, junto à Andrômaca, ergueriam seus escudos respectivos, sendo apoiadas por um toque em suas costas vindo de Laila, que transmitiria a energia de seu cajado por ambas, emitindo uma barreira de essência Ônix Instável, protegendo todos.

- Esses disparos são muito fortes, nem o poder do cajado de Ktésios combinado com os seus escudos está conseguindo segurar isso! - diria Laila, enquanto Cástor tocava em seu ombro para se apoiar, transmitindo um pouco de poder.

- Esses fios que ela manipula são de Ônix... não entendo como consegue moldá-los dessa forma, mas seu controle é muito superior ao dos Daemones anteriores, não tenho ideia como derrotá-la! - exclamava Cástor, ofegante pela dor que ainda sentia por conta do golpe do ciclope.

- Eu tenho uma ideia para derrotá-la, e essa ideia te envolve, Cástor. - diria Artamenes, enquanto cochichava para eles em meio aos ataques contínuos de Ananque.

- O que há? Não vão atacar, mortais? Então morram! - perguntava Ananque, enquanto se aproximava um pouco deles e erguia as mãos para o alto, fazendo vários fios se entrelaçarem com a forma de um punho fechado.

Logo, a daemon faria tal punho gigante se dirigir rumo à barreira de essência Ônix Instável, que se quebraria na mesma hora, mas para sua surpresa, não havia ninguém ali, apenas um enorme número de sacos de areia que explodiriam, liberando fumaça por todo o ambiente, ofuscando a visão da mulher e dos outros daemones, obrigando-a à pousar no chão.

Quando ela batia suas asas para tentar desobstruir seu campo de visão por conta daquela enorme quantidade de poeira, Elektra, desde uma zona menos ofuscada da arena, dispararia uma flecha carregada de fogo da Fênix, atingindo a bochecha da daemon de raspão, fazendo-a franzir o cenho enfurecida, pouco antes da ponta da flecha explodir e liberar faíscas por todas as partículas de "areia", liberando uma devastação ainda maior no local, que apesar da baixa energia liberada, devido ao poder do fogo da Fênix, causaria um grande dano à mulher, que seria jogada para o muro.

Os demais daemones, por outro lado, antes da explosão, teriam pulado para cima do muro, observando desde o alto deste toda a estratégia dos gregos, se surpreendendo por haverem conseguido enganar tão facilmente Ananque, que agora estava com o corpo severamente ferido e não mais conseguia voar.