é estranho como a gente constrói o tempo. as cores das flores que ele segurava entre os dedos. se seria um dia de sol ou se estaria chovendo. qual seria a cor que melhor combinaria com o seu humor naquele dia. o cabelo dele estaria solto ou amarrado num coque frouxo com alguns fios soltos que descansavam sobre o seu rosto. qual seria a melhor mensagem para um bom dia. seria cedo demais ou tarde demais para uma mensagem despretensiosa. como seria o clima entre vocês. confortável. estranho. ou pior tedioso? se ele fosse te fazer rir durante a noite inteira e se o papo entre vocês durasse uma vida inteira. a gente constrói cada detalhe. cada momento. cada olhar. cada palavra. cada minuto. como um escritor ao dirigir a sua peça. você vê o palco. mas você está atrás das cortinas. e você continua lá. observando. observando e observando. e chega a conclusão que talvez o seu destino seja o de construir o tempo e não o de vivê-lo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
diário poesia
Poesíanotas poéticas diárias narradas como um diário escrito ao final de mais um longo dia onde nem sempre há espaço ou tempo que caiba poesia, mas que ao tirar seus pés de dentro do sapato apertado, soltar seus cabelos e descalço repousar serena sob as v...