às vezes me encaro de frente o espelho e pouco a pouco vou me perdendo em meus olhos. vou me desfazendo em suas vistas. mergulhando em sua oceania. me pergunto às vezes, o que será que já testemunhei com os meus olhos. o quanto que já vi. o tanto de segredos que eles carregam. o tanto de mistério que se encontra em seus muitos mistérios. me perco nos meus olhos. em seu mar-negro. e como um peixe vou sendo levada pelos teus movimentos. pelo teu fluxo. e quando dou por mim estou ancorada em alguma ilha sua naufragada.
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diário poesia
Poésienotas poéticas diárias narradas como um diário escrito ao final de mais um longo dia onde nem sempre há espaço ou tempo que caiba poesia, mas que ao tirar seus pés de dentro do sapato apertado, soltar seus cabelos e descalço repousar serena sob as v...