se lembra das noites de cerveja. das noites não dormidas sentados na varanda do 6º andar. das gargalhadas altas que ecoavam no silêncio da noite. e que sopravam como vento por entre as lacunas de todos aqueles prédios. o seu canto embriagado e desafinado nas canções de Belchior. você dizia somos eternos corações selvagens. esbarrávamos nas dobras dos nossos blusões. e cambaleávamos nos passos desengonçados de nossas meias três quartos. entre nossas malandragens dançávamos ao som de Cássia Eller e tudo o que pedíamos e queríamos era ser o poeta que finalmente aprendeu a amar.
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diário poesia
Puisinotas poéticas diárias narradas como um diário escrito ao final de mais um longo dia onde nem sempre há espaço ou tempo que caiba poesia, mas que ao tirar seus pés de dentro do sapato apertado, soltar seus cabelos e descalço repousar serena sob as v...