que é quando os dias chovem
e as bocas secam
que eu me encontro no sereno
dos teus olhos, do teu corpo
dos teus beijos perenes
e atravessamos nossos mundos
para nos encontrarmos
dentro e fora
ouvindo a chuva. esquecendo as horas.
é que você me deixa no chão
sem voz. sem tempo. sem medos.
e ainda faz tanto calor entre nós
afinal somos verão amor
o que queima em nós
vem de dentro como cor
doce como mel
melanina
um espaço para a vida
atravesso toda a cidade com você
entre zonas você segue sendo
a minha avenida principal
pela flor-da-idade acho que não chegaríamos
nem por metade
porque talvez eu seja uma primavera inteira
de toda essa chuva
eu quero ser todas as gotas
e quando vou embora
como nuvem que evapora
fica sorrindo por entre os lábios
esperando pela minha volta.
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diário poesia
Poesíanotas poéticas diárias narradas como um diário escrito ao final de mais um longo dia onde nem sempre há espaço ou tempo que caiba poesia, mas que ao tirar seus pés de dentro do sapato apertado, soltar seus cabelos e descalço repousar serena sob as v...