você me viu radiante por entre os vidros embaçados da janela do seu coração. ouviu minha risada. e viu como meus pés flutuavam por entre aquele chão de terra. eu era leve como uma folha que acabara de cair duma árvore. você me queria estável. enraizada. na sua terra de um metro quadrado. plantada no seu quintal. olhe para mim, meu bem eu sou a fauna. você tinha para me oferecer apenas uma luz incandescente de plástico e uns substratos vagabundos. eu morreria em sete dias sob os seus cuidados. eu secaria. eu definharia.
meu bem, eu sou como o girassol eu sigo os caminhos do sol e de todos os astros e por onde eles forem eu lá estarei à sua luz.
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diário poesia
Poetrynotas poéticas diárias narradas como um diário escrito ao final de mais um longo dia onde nem sempre há espaço ou tempo que caiba poesia, mas que ao tirar seus pés de dentro do sapato apertado, soltar seus cabelos e descalço repousar serena sob as v...