eu desejei demais amor e ser amada. desejei demais ser o sonho. a pessoa esperada. ser a escolhida. eu desejei demais ser algo que para alguém fosse tudo. que fosse suficiente. que fosse absoluto. que apenas fosse. sendo. eu desejei e de tanto desejar. me perdi nas expectativas sedativas da pessoa certa. do momento certo. do lugar certo. da hora certa. mas será que realmente existe certa e certo quando se trata de amor? o que definiria certo no amor? o que definiria errado no amor? foram algumas das perguntas que me fiz, ao perceber que talvez eu tivesse desejado, e fantasiado demais um amor que talvez não seja o ideal para mim. e que no fundo na verdade não seja nem o essencial. e percebi que o amor não é um desejo. o desejo é apenas uma película muito fina e frágil que se encontra na superfície do amor. e eu saí dessa superfície. rompi a barreira. adentrei nas camadas que são cada vez mais profundas. cada vez mais espessas. cada vez mais côncavo. porque o amor é mais que um desejo. o amor é uma necessidade. é uma ânsia. é uma fome. uma sede. da alma. que não se contenta, não se satisfaz, não se sacia. não se complementa. apenas com desejo.
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diário poesia
Puisinotas poéticas diárias narradas como um diário escrito ao final de mais um longo dia onde nem sempre há espaço ou tempo que caiba poesia, mas que ao tirar seus pés de dentro do sapato apertado, soltar seus cabelos e descalço repousar serena sob as v...
