Whatever happened to the young, young lovers?

10- Novembro de 1980

Novembro de 1980

Regulus acorda com uma dor de cabeça latejante e se pergunta porque até que ele esfrega o rosto, sente as lágrimas secas em suas bochechas e a noite anterior volta para ele.

Ele e Sirius brigando.

Seus escudos de oclumência falhando.

Ele tendo um colapso mental nos braços de seus irmão.

Ele não pode acreditar que  chorou nos braços de seus irmão.

E a pior parte de tudo isso nem é o choro ou o abraço ou todas as duras verdades que ele derramou. É o fato de que a última coisa de que ele se lembra foi de chorar no chão do quarto, mesmo acordando na cama, o que significa que seu irmão teve que pegá-lo e aconchegá-lo, mais uma vez colocando a questão: a última década ainda aconteceu?

Regulus está visivelmente se encolhendo de vergonha, mesmo na privacidade de seu próprio quarto, enquanto vai tomar banho para lavar seu colapso. Então, ele se recusa a ir para a cozinha onde sabe que Sirius certamente está esperando por ele.

Ele tem certeza que Sirius não mudou muito desde quando eles eram crianças quando ele  adorava  falar sobre seus sentimentos, mas se Regulus quisesse um pesadelo, ele teria voltado a dormir.

Ele desce as escadas, esquivando-se de todas as tábuas que rangem, e com certeza, ele pode ouvir a voz de Sirius reverberando por toda a casa enquanto ele fala com quem quer que esteja acordado na cozinha enquanto espera Regulus aparecer.

Regulus pessoalmente acredita que a vida é cheia de decepções, então ele adiciona outra à vida de Sirius e não desce. Em vez disso, ele simplesmente vai para o canto mais privado e isolado da biblioteca, finge que não está se escondendo de seu irmão e continua pesquisando seu projeto de relíquias.

Há informações mínimas sobre as relíquias, e metade do mundo mágico nem acredita que elas existam.

A varinha mais velha deveria ser uma varinha imbatível que aparentemente garante que o usuário nunca perca um duelo.

A pedra da ressurreição é supostamente uma pedra que permite ao usuário se comunicar com aqueles de quem sente falta entre os mortos.

O manto da invisibilidade é autoexplicativo.

Apesar do interesse de Regulus nas relíquias, uma parte dele acredita que elas sejam um monte de merda.

Tipo, uma varinha imbatível? A destreza mágica vale mais do que uma varinha em um duelo, e a pedra da ressurreição soa um tanto exagerada; e se alguém olhasse para ela e pensasse que era uma pedra aleatória e simplesmente a jogasse fora?

Ainda assim, Regulus está determinado a encontrar a origem da fábula e, assim que o fizer, encontrará outra coisa pela qual ficar obcecado.

Nada de Voldemort.

Nenhuma guerra.

Apenas Regulus e tudo o que ele escolher para ficar obcecado doentiamente.

Evan acorda e se pergunta se ele está com febre.

Ele é quente. Ele é tão quente que, comparado ao frio de Azkaban a que está acostumado, quase parece que foi mergulhado em água fervente.

Os guardas ainda não chegaram para o café da manhã, embora ele sinta que dormiu muito depois das 7h. Mesmo que seja um sonho febril, ele está gostando de pairar à beira da inconsciência, sonolento demais para abrir os olhos, mas não sonolento o suficiente para adormecer novamente.

Ele está curtindo as sensações do calor; ele deve estar muito doente, embora saiba que vai sentir o dobro do frio quando se recuperar e, ao se espreguiçar um pouco, alcançando a parede fria da caverna para baixar a febre, ele esbarra em algo quente e vivo.