Whatever happened to the young, young lovers?

Novembro de 1980

Novembro de 1980

Regulus acorda cheio de uma sensação incomum de excitação. A guerra está em sua mente como sempre, mas ele passou os últimos nove meses se preparando para esse momento, e se tudo correr conforme o planejado, ele terá sua quinta horcrux queimando em chamas até o fim do dia.

Ele acha que é o diadema que está escondido em Hogwarts; um objeto fabuloso como esse não deve ser tão difícil de encontrar, exceto que não é visto há mais de mil anos, e ele não tem a menor ideia de por onde começar. Sob a máscara de sangue puro que usa, ele é introvertido, e catalogou quase todos os esconderijos de Hogwarts antes do fim do primeiro ano. Mesmo que não soubesse o que eram na época, ele teria se lembrado do cheiro distinto de uma horcrux se tivesse entrado em contato com uma, especialmente se fosse uma tão ousada e extravagante quanto um diadema.

Está perdido, é literalmente chamado de  The Lost Diadem of Rowena Ravenclaw,  e há rumores de que só pode ser encontrado por um Ravenclaw. Regulus pessoalmente acha que isso é um monte de merda porque ele consistentemente marcou o topo do seu ano sem falhar, tornando-o  mais inteligente  do que os Ravenclaws, mas ele também não quer correr riscos. Então, pela primeira vez em mais de um ano, Regulus se encontra em frente a uma porta de lavanda familiar.

“Oh. Olá Regulus, eu estava apenas fazendo chá.”

“Vem para Hogwarts comigo hoje?”

“Chá primeiro,” Pandora diz decisivamente, puxando-o para dentro e envolvendo-o em um abraço. “Tomaremos chá, discutiremos seu plano e então iremos para Hogwarts.”

Parece estranho invadir um lugar público, mas é exatamente isso que ele sente que está fazendo.

Durante o verão, quando a escola está fechada, bruxas e bruxos podem vir e passear pelos terrenos como quiserem, já que Hogwarts é um dos principais pontos turísticos históricos da Grã-Bretanha Bruxa. Embora não haja rédea solta sobre a escola quando os alunos estão lá, as enfermarias ainda ficam com acesso aberto para que pais, convidados e alunos em potencial possam vir visitar seus filhos ou participar de reuniões com o respectivo membro da equipe.

Se for um Comensal da Morte ou um criminoso conhecido, então, obviamente, eles não poderão entrar pelo portão da frente, mas Regulus não sabe bem como eles tratarão os ex-Comensais da Morte ou os presumidos mortos. Então ele está passando pela entrada secreta no porão da Honeydukes que Sirius lhe contou sobre a terceira vez que Regulus o visitou durante a guerra, quando eles estavam trocando segredos. Vai ser útil agora para que ele não precise ter sua identidade verificada e descoberta,  o  que arruinaria tudo o que ele passou os últimos dois anos e meio trabalhando de forma bastante espetacular.

Pandora passará pelos portões da frente porque ninguém jamais pensaria que ela tinha a capacidade de comportamento nefasto, muito menos a chance de ela realmente fazer alguma coisa, mas Regulus é um Black e sua família nunca perdeu os estereótipos que seus ancestrais ganharam. Se alguma coisa, eles apenas mostraram por que os mereciam.

Eles desaparatam em Hogsmeade, e a vila inteira fica deserta. É assustador e inquietante, e comparado às visitas que ele fez a Hogsmeade no sexto ano, a cidade agora parece apocalíptica. Ele anda muito mais rápido do que o normal para se afastar do espaço aberto exposto, e pouco antes de chegar a Honeydukes, Pandora se ramifica em direção ao caminho para Hogwarts. Ela não é quem precisa ficar invisível, e Regulus duvida que alguém tenha problemas com ela vindo ao castelo.

"Encontro você na alcova do segundo andar?", ele pergunta, odiando a forma como está ansioso pela segurança dela, mas também feliz por ela estar ali.

Pandora apenas acena para ele, completamente despreocupada, de onde ela já está andando pela trilha. “Não se preocupe, Regulus. Eu estarei lá.”

Ele se vira e entra na Honeydukes, invisível e indetectável, e tece seu caminho através dos poucos clientes arriscando sua segurança no meio de uma guerra para comprar varinhas de alcaçuz e pastilhas de abóbora. Ele quase quer azará-los por sua pura estupidez, mas não o faz, o que ele acha que é um milagre por si só.