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- Dizem que os meteoros caíram no sul do oceano.- Tsireya fala enquanto corta o peixe em pedaços.

- Na floresta a gente montava nos ikrans e íamos ver o meteoros mais de perto.

- Você já tem par para o samba de hoje?

- Eu queria ir sozinha, porém o Aonung disse que eu sou o par dele.

- Raridade ele chamar alguma menina, normalmente ele só vai com os amigos dele.

- Mas e você, tem par?

- Bom.- Ela fica vermelha com a pergunta.- O Lo'ak me deu um anel ontem e pediu para mim acompanhar ele.

Ela presta atenção no anel que a esverdeada tinha em sua mão e se lembrou de como Lo'ak a pediu parar fazer um anel com uma medida menor que seu dedo.

As lembranças de sua vida na floresta vem em sua mente, fazendo-a formar um sorriso gentil em seus lábios. Mas desfaz sua expressão quando sem querer acaba cortando a palma de sua mão direita.

- Aí!- Se afasta da mesa enquanto tenta estancar seu sangue que caia na areia.

- Não se meche.- Tsireya fala com calma enquanto segura sua mão e examina com calma o machucado.- E um corte profundo.

- Tsireya, você viu o Rotxo?- Aonung fala entrando no local, até parar olhando para as duas.- Que merda hein.

Seu deboche era nítido, irritando ainda mais Neytakiri.

- Aonung, pega um esparadrapo, linha, agulha e água para mim.

Ele nada responde apenas vai para uma prateleira pegando os objetos e saindo logo em saída para buscar água.

- Quando a água salgada entra em contato com cortes dói um pouco.- Ela diz jogando a água encima de seu corte, enquanto a albina apenas gruni de dor.- Você vai sentir um pouco de desconforto agora, mas o importante é ficar calma.

Enquanto passava a agulha em sua carne, ela acaba se mechendo um pouco, fazendo a agulha quase furar seu pulso.

- Aonug, faz alguma coisa e segura ela.- Sua irmã diz brava sem olhá-lo nos olhos.

O mesmo apenas a obedece, se sentando ao seu lado, colocando seus braços em cima de Neytakiri e a apertando com força para não se movimentar, enquanto sua respiração fica perto de seu pescoço.

- Prontinho.- Diz enquanto enfaixa sua mão até a direção do seu pulso.- Precisa tomar mais cuidados com objetos pontiagudos, percebi que você tem vários cortes pelos braços e pernas.

Neytakiri apenas ri, se levanta e agradece.

- Acho melhor ela não mecher mais com facas, não é mesmo Tsireya?- Aonung a pergunta com a sombracelha arqueada.

- Tem razão.- Direciona seu olhar para a amiga.- Descansa um pouco, Neytakiri, vai te fazer bem.

- Obrigada, se precisar de ajudar é só me chamar.

Aonung põe seu braço envolta do pescoço da menor enquanto saem andando. Ela não hesita, apenas agarra sua cintura e continua.

- Tá preparada pra hoje?

- Que foi? Tá com medo de eu sambar melhor que você?

- Impossível, ninguém me supera em nada.

- Vai se fuder, baiacu.

                                    {...}

Se olhava no espelho enquanto sentia vergonha de si mesma.

Neytakiri- Aonung Onde histórias criam vida. Descubra agora