𝔽𝔼ℕℝ𝕀ℝ (Tradução)

Capítulo 13 : Execute o bloqueio

Os sinos tocavam seu timbre de metal, ecoando lá embaixo como um aviso de que o portão logo seria fechado. Todo o poder da Legião de Exploração estava reunido diante dela, todos vestidos com mantos verdes revelando as asas do Regimento e montados em seus cavalos. Erwin, rosto tenso e olhos azuis fixados na barreira que se eleva lentamente. Hange, contorcendo-se animadamente em sua sela. Levi, seu cabelo preto brilhando na luz do sol da manhã. Sentindo seu olhar, os olhos cinzentos do Lance Corporal ergueram-se para encontrá-lo onde ele estava no topo da Muralha ao lado de um canhão que deveria estar limpando. Eren o saudou, o movimento feito um tanto desajeitado pelo desentupidor de canhão em sua mão. Levi deu-lhe um aceno de cabeça em troca e cutucou seu cavalo para frente, trovejando para as terras perdidas de Maria com o resto da Legião.

E, assim, ficaram sem sua melhor proteção. Não demoraria muito agora.

Eren voltou ao esforço de varrer o canhão, vigiando o pé externo da Muralha na periferia de sua visão. Ele sabia que o Colossal iria aparecer. Sabia que atacá-lo serviria apenas para expulsá-lo mais rápido. Mas talvez, se prestasse atenção, pudesse vislumbrar sua forma humana. Não seu rosto, não daquela altura, mas sua constituição. Suas roupas. Alguma dica que o levaria à identidade deles e, conseqüentemente, a seus companheiros.

Mikasa e Floch foram designados para esquadrões diferentes, um no leste e outro no oeste, enquanto o dele foi posicionado ao sul, acima do portão. Outro favor pedido por Hannes, sem dúvida, a fim de garantir que ele pudesse assistir seus futuros camaradas partirem em sua expedição. Mikasa estava com Historia, Ymir e um punhado de outros. Floch com Armin, Marco e Jean. Ele não se preocupava com a segurança da legítima Rainha das Muralhas e o pivô de seus planos. Ela estava perfeitamente bem na primeira vez, afinal. Marco, no entanto, era uma história diferente. E, como tal, ele puxou Floch de lado e ordenou que ele não perdesse Marco de vista quando chegassem à torre central.

Ele morreu porque tropeçou em algo que não deveria. Morreu porque foi abandonado em um telhado sem equipamento ODM pelos infiltrados. Mas eles não estariam tão ansiosos para atacar se ele não estivesse sozinho. E ele confiava em seu subordinado para ser rápido o suficiente com o empate para se manter seguro antes dos Guerreiros jogarem a cautela ao vento e mudarem em campo aberto.

Os Escoteiros estariam de volta então Eren sabia que eles não ousariam.

Quanto ao resto deles, havia pouco que ele pudesse fazer. Mortes aos Titãs durante uma incursão eram naturais. Esperado. Especialmente quando se tratava de cadetes inexperientes. Assim como as mortes aos Titãs durante as expedições eram esperadas. Ele poderia ordenar que os Titãs fossem embora, mas seria muito óbvio que ele tinha controle sobre eles se eles reagissem toda vez que ele começasse a gritar.

E isso, por sua vez, revelaria sua verdadeira natureza. Ele seria enjaulado novamente. Colocado em julgamento. Ele não podia se dar ao luxo de ser desmascarado quando não tinha certeza de que sua presa sabia quem ele era, assim como ele não sabia quem eles eram. E ele não poderia suportar outra vida vivendo fora de uma cela.

Ele não seria enjaulado. De novo não.

Uma chamada triunfante à sua esquerda chamou sua atenção para onde Sasha estava parada, meio curvada com algo escondido em sua jaqueta. Lembrando-se da carne que ela havia roubado dos armazéns dos superiores, ele sorriu e desviou o olhar atento do portão por uma fração de segundo.

O estrondo do trovão foi tão alto que estourou seus tímpanos, acompanhado por uma onda de calor que levantou bolhas em suas costas. Sangue escorria de suas orelhas e pescoço, mas Eren ignorou a umidade pegajosa dele secando contra sua pele enquanto ele girava e desembainhava suas lâminas. Sua audição voltou quando seus ouvidos se curaram a tempo de ouvir os outros gritando.