Bravinha

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Simone Tebet

-Não vai olhar pra mim?

-Não.

Soraya:

Depois que ela entendeu que eu estava brava com sua postura, decidiu acariciar o cachorro do seu lado, ao mesmo tempo em que ele rosnava pra ela. A morena se agachou ficando na altura do animal e o olhou nos olhos, ele se calou e aceitou o carinho, um sorriso vitorioso surgiu em seus lábios.

-marbhadh - a loira ensinou uma ordem em gaélico escocês.

Significava "Matar".

Simone era extremamente surpreendente.

-Ele é só um animal e você uma completa idiota. - eu disse irritada antes de sair de perto.

-Viu? A mamãe está bravinha... - foi possível ver de relance seu sorriso fraco, enquanto ainda acariciava o animal.

(...)

17 horas depois.

Simone Tebet:

Foram 16 horas cansativas de voo sem escala. Xangai como sempre, bem movimentada... tomada pelas luzes fortes nas ruas e o barulho das vozes encaláveis da população. Soraya levava uma das meninas sonolenta nos braços, enquanto a outra segurava em minha mão. Adentramos nossa casa e as levei para a cama com a ajuda da loira que desde então não falava comigo.

-Amor... - tentei chamar sua atenção assim que saímos do quarto das gêmeas.

-Estou cansada, Simone. - ela disse aparentemente chateada.

A loira me olhou frustrada e pude sentir um aperto no peito. Eu havia magoado-a, e sabia disso. Ouvi-la me chamar pelo nome em tom de voz embargado e sua expressão facial me demostrar o quanto estava chateada era o bastante para me ensinar que eu havia fracassado.

-Tudo bem... - sussurrei baixo ao vê-la assentir milimetricamente e sair em passos rápidos para longe de mim.

Era nosso primeiro desentendimento e a errada da história era eu. Meu temperamento nada fácil, ações agressivas e violentas haviam a assustado.

Narradora:

Soraya escolheu "dançar" com o diabo, e o amava agora. Mas não lhe daria o prazer e a satisfação de seguir suas vontades apenas para alimentar seu ego. Seus atos de violência deveriam estar a opção de mudança.

Simoen bebia uma dose de vinho italiano sozinha na suíte master enquanto ouvia o barulho do chuveiro cair incessantemente. O corpo escultural que buscava todas as noites estava cada vez mais distante dentre as 16 horas e tudo parecia um pouco mais tenso.

A morena era o tipo de pessoa qual nunca deveríamos nos apaixonar. Ela te levaria a museus, parques e monumentos... te beijaria em todos os lugares mais belos para que não conseguisse voltar a eles sem senti-la como sangue em sua boca. Ela te destruiria da forma mais bela... e quando partisse, finalmente te faria entender o motivo de furacões terem nomes de pessoas. Talvez o medo de retornar ao seu antigo ser, seu temido passado... fosse a culpa que a acorrentava fazendo-a cometer erros e receber problemas. Mudança não era algo esperado dela...

(...)

Soraya saiu do banheiro enrolada de forma desajeitada em uma toalha na cor branca. Foi paralisada pelo olhar intenso da morena sentada na poltrona no canto esquerdo no fim do quarto.

-Vai continuar assim? - simone questionou paciente mas só recebeu silêncio. - Não fica furiosa comigo. - pediu.

- Eu estou furiosa com você. - a loira falou convicta. - E eu tenho um ótimo motivo pra estar furiosa com você!

A menor não se intimidava com o olhar gélido de Simone, nem mesmo se controlaria. A mafiosa engoliu em seco quando pôde assistir distante a toalha cair sobre os pés da pequena e rapidamente seu olhar analisar cada parte exposta. Desde as costas definidas, as curvas bem feitas e a postura bem alinhada.

-Isso é maldade.

- Problema seu. - rebateu rapidamente.

-Não vou discutir com você. - a morena disse levantando-se e indo em passos curtos até a menor.

-É? - a psicóloga questionou ao sentir a respiração pesada da outra ao pé do ouvido. - Então faça isso.

Soraya thronick:

Ela continuou em silêncio até que eu terminasse de vestir as peças íntimas. Seu olhar um tanto quanto intimidante me mostrava que ela ainda não abriria mão da "superioridade" e o orgulho.

-Eu estava tentando cuidar de você e enquanto isso você parecia um animal selvagem brigando e agindo com imaturidade.

-Não preciso que ninguém cuide de mim. - ela soou orgulhosa.

Suas mãos percorrem minha cintura repousando sobre minha bunda e consequentemente um aperto foi deixado. Simone me olhou nos olhos e eu mal podia saber o que ela sentia naquele momento além de desejo. Seus lábios tentaram buscar os meus e suas mãos foram ágeis em ir até a barra da calcinha em que eu vestia.

-Que bom pra você... - aproximei o rosto para sussurrar em seu ouvido. - Aproveita que sabe se cuidar e da um jeitinho nisso sozinha.

Simone me olhou rapidamente de forma rejeitada, irritada.

-Sua recompensa pelo "ótimo" comportamento. - soei irônica.

Minha mão que brincava com o delicado pingente do colar em seu pescoço se afastou e meu corpo parcialmente nu se distanciou junto, com os passos rápidos fui até a porta de saída do quarto. Mas antes, guardei bem na memória seu sorriso frustrado e o olhar vingativo.

Narradora:

O celular de Simone tocou e a morena rapidamente o atendeu enquanto retirava a roupa e ainda sentia o cheiro sufocante da loira emanar pelo quarto.

-o serviço foi feito.

-Estou livre? - questionou enquanto entrava na banheira de hidromassagem.

-você está livre e a imagem do líder brasileiro está neste momento nas redes de notificação do país, desde jornais a sites, todos em sincronização informando o falecimento.

Simone desligou o aparelho e um sorriso vitorioso surgiu, aos lábios fora levado uma dose de Bourbon irlandês. Era um comemoração.

(...)

Soraya comia algo ao mesmo tempo em que de longe analisava a criminosa sentada de forma desajeitada no sofá. Sua expressão pensativa e o rosto entre as mãos, com os cotovelos sobre o joelho e sua coluna curvada, quase pedindo socorro.

-O que está fazendo? - a loira questionou ao se aproximar devagar.

-Pensando em como vou rasgar sua lingerie Fendi no meu pós castigo. - ela disse calma.
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🤍 Simoraya vive!!!!

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🤍 Simoraya vive!!!!

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