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Soraya thronicke

Simone já se preparava para irmos embora, enquanto isso eu a esperava no corredor, encostada próxima a uma porta que dava acesso a uma sala vazia. A figura masculina foi avistada por mim, os olhos azuis estavam escuros e me encaravam com devoção.

-Podemos conversar? - ele questionou de maneira formal.

-Não temos nada pra conversar. - recusei.

-Eu acho que temos sim. - sua mão firme me puxou pelo punho, empurrando-me para dentro da sala em sequência.

Sua mão segurou meu maxilar com força, me impedindo de falar. Eu podia notar a confiança em seu olhar, seguida de esperanças e oportunismo. Levei minha mão a sua, o fazendo soltar meu rosto rapidamente, de forma brusca.

-Se me tocar assim outra vez, te mando pro inferno, para que brinque de superioridade e dominação com o Diabo. - ameacei sair e ele me impediu.

-Eu esperava mais de você.

- Eu esperava não te encontrar nunca mais. - eu disse entre dentes assim que ele me empurrou contra a parede.

- Se eu fosse seu marido, colocaria veneno no seu café. - ele disse irritado.

- Se eu fosse sua esposa, beberia. - o confrontei. - Seria melhor morrer, ao conviver dia após dia ao seu lado.

-Aposto que não. - ele disse mais paciente. - Não sente falta do que tínhamos? De como éramos? Podemos ter uma nova chance, não foi atoa nos encontramos depois de tantos anos. - ele soltou meu maxilar.

Narradora:

- Quer que eu diga o que? - o olhou impaciente. - Nossa César, que lindo! Eu sinto tanto sua falta, volta pra mim? Vamos casar e ter 50 crianças? E enquanto eu olho elas você pode foder com a minha melhor amiga outra vez. Seu idiota! - ela praticamente cuspiu as palavras no seu rosto.

-Eu não queria que fosse assim! - ele a prendeu ainda mais contra a parede.

-Não queria? - sorriu incrédula. - Todas elas escorregaram e caíram sentada no seu pau?! 

-Seu humor está ácido. - ele contornou o assunto. - Ela não te come direito?! Sabe que pode me ligar, não sabe? Quando quiser. Basta chamar meu nome e eu irei até você.

-Não se contenta em me ver com outra pessoa? Era só ter pensado bem antes de sair fodendo por aí com todas minhas amigas.

- Podemos mudar isso, não sou mais aquele jovem idiota, Soraya. Eu ainda amo você... - ele a encarou séria.

-Eu sugiro que dê um fim no seu sentimento. Eu não amo você. - o forçou retirar a mão do seu pescoço. 

César respirou fundo, fechando os olhos em seguida.

-Está irritada. Podemos conversar sobre isso em outro lugar, diz a ela que precisa sair e te encontro. - ele sugeriu mais calmo. - Onde quiser, basta me dizer e estarei lá. Somente eu e você...

Soraya se manteve em silêncio.

-Ou vai estar ocupada?

-Eu vou estar ocupada. - o respondeu sem desviar o olhar. - Quer saber o que vou fazer depois que sair daqui? - questionou e o homem assentiu em silêncio. - Vou levar ela pra almoçar, depois vamos pra casa e eu vou comer ela em todas as posições que você possa imaginar. Vou assistir ela dormir deitada em meu peito, enquanto posso olhar aquele maldito corpo perfeito e complemente meu.

- É sério isso? - ele questionou prendendo-a contra a parede outra vez.

-É mais que sério. - ela sorriu de canto. - Se achou que eu iria chegar aqui, correr pra você e dizer: "oi, meu bebê" está enganado. Eu a amo César, e nem mesmo você ou qualquer outra pessoa no mundo mudará isso. Eu me sinto segura com ela, me sinto amada e confiante. Aqui... perto de você, eu só sinto nojo. - a loira finalizou o empurrando.

Lá Márfia | SIMORAYA Onde histórias criam vida. Descubra agora