Lá Márfia | SIMORAYA

72 horas depois - Um erro...

Narradora

Naquela noite o jantar havia sido glorioso, por mais que a internet uma terra que julgavam sem lei houvesse virado tumulto por alguns instantes após inúmeras notificações de ofensas sobre a família que se divertia sem dar importância. Simone ficou pensativa quanto tornar oficial o laço familiar que Soraya criou com as filhas biológicas da empresária, aquilo de certa forma havia entrado em sua cabeça. Por mais que sentisse insegurança quanto a isso, não lhe parecia uma má ideia, afinal de contas toda sua família apoiava.

Retornaram a Minnesota, mas antes, Maria Clara havia transado com Millena na madrugada, após o jantar... a modelo havia ido até a penthouse de maneira discreta e dado a ela todo seu tempo durante aquela noite. Em um sussurro mental de que conseguisse fazer a morena de olhos cor de mel não desistir dela nem se quer por um segundo. E bem, aquilo havia funcionado... estava nos planos ter Millena de volta, Maria Clara não abriria mão disso tão facilmente, por mais que soasse patético. Entretanto, não foram as únicas a fazerem barulho aquela noite... as paredes bem revestidas por uma espuma específica impediu que todos aqueles gemidos e sensações de prazer ecoassem pelas paredes adentrando os ouvidos dos demais familiares. Soraya e Simone haviam compartilhado de mais um momento inesquecível enquanto se perdiam em meio a todo aquele desejo.

Porém, na vida de Simone nem sempre tudo que era planejado dava certo. Estava sempre presa ao imprevisível... e ele acabava de retornar a sua vida, forçando-a assumir a identidade que meses atrás havia abandonado.

Em Miami, sua confiança depositada sobre Araújo se quebrava. Uma descoberta de Camila revelava o ato cometido pelo criminoso. Um dos galpões Tebet até então desativado, agora estava em uso. Mas para quê? Era um questionamento válido feito pela mafiosa que agora se dirigia ao lado dos irmãos até a Flórida com o intuito de ver pessoalmente o que ocorria. Indo mais a fundo, descobriram também sobre o bunker reativado que agora exercia funções até então desconhecidas pelos Tebets.

Momentos antes Soraya havia implorado para que Simone não comparecesse ao local por medo de perdê-la. Entretanto, Simone a contrariou a deixando até um pouco irritada antes da sua saída... a loira havia permanecido na residência atual da família, com as filhas, Leila e Tommy que por ordens de Simone prometeu proteger as garotas e garantir que nenhuma delas pisasse fora do perímetro determinado.

-Você entra e faz uma proposta ao segurança na entrada... - a morena sugeriu a Ronaldo, que a olhava e demostrava um sorriso fraco, melancólico. - Pagarei o triplo para que nos deixe entrar, e aos homens que ele sugerir nos seguir, pagarei o dobro.

-E o que impede dele me matar antes que eu abra a boca? - questionou óbvio.

Simone sorriu de canto, levando uma das mãos até o rosto do irmão.

-Nada. - ela respondeu paciente e gélida.

Mercenários eram compráveis e ninguém mais que Simone sabia e reconhecia e vivenciava  bem isso. Havia sempre uma brecha e a morena sempre sabia encontrá-la. Colocar uma equipe em operação seria loucura, seriam notados antes de adentrar a área... sozinhos, dispostos a conquistar e comprar alguns homens parecia mais seguro.

-E voilà... - Camila expressou, assim que Ronaldo saiu e pôs-se a caminhar ao lado de Simone.

-As três meninas super poderosas. - Janja concluiu, caminhando ao lado esquerdo da irmã mais velha.

(...)

-Por que acha que isso vai dar certo e não vamos apodrecer nesse bunker depois de morrer? - questionou a mais nova, enquanto Simone observava a área após alguns minutos da entrada de Ronaldo.