capítulo 27

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Quando o sol começou a bater em meus olhos, eu acordei, Enid não estava mais transformada, mas ainda tinha um rabo e orelhas de lobo, isso era até que fofo, eu acho.
Quando levantei da cama e deixei Enid lá, toda minha roupa tinha mudado de cor, por tantos pelos loiros, e eu comecei a me questionar por que eu dormi com uma roupa preta.
Tentei tirar aqueles pelos, mas não consegui, eles eram grandes, mas tinham o cheiro de Enid, eu tentei ignorar, mas alguns pinicavam. De qualquer jeito, eu tive que aguentar, abri a porta que rangeu, quase acordou Enid, mas por sorte, ela ainda estava dormindo.
Desci lá embaixo, só meus pais estavam acordados, fazendo a mesma coisa de sempre. Eu sentei na mesa e fiquei olhando pra eles, até que eles parassem e me olhassem também. Isso levou um bom tempo, pareciam presos no olhar um do outro, era nojento.

G- Oh! Wednesday, você está aí. - ele se assustou e olhou para mim.
G- O que são todos esses... Pelos?
W- São de Enid. - as vezes eu me pergunto se foi mesmo uma boa ideia namorar com uma lobisomem.
M- Como assim? Enid não tem pelos.
W- De que parte do "ela é uma lobisomem" você não ouviu? Enfim, ela se transformou a noite e veio dormir comigo.
G- Isso explica o barulho de madeira quebrando, mas o que vocês fizeram para quebrar a cama? - ele me olhou desconfiado, olhando para minha mãe antes de receber uma resposta.
W- Não foi- Não foi o que vocês estão pensando. Ela estava pesada demais. - meu pai pareceu acreditar, mas continuou com a expressão desconfiada. Quando eles iam começar a falar sobre outro assunto, eu ouvi um barulho de algo pesado caindo no chão, não liguei muito, mas quando ouvi um "Ai cacete!" Tinha certeza que Enid tinha feito algo. Meu pai balançou a cabeça indicando que eu podia subir, e foi o que fiz.
Assim que cheguei na porta do quarto, Enid estava sentada na cama, com a mão na testa. Ah, e sim, ela estava de roupa. (Infelizmente...)
W- O que você fez? - disse, sem ligar muito.
E- Nada. Eu caí da cama, mas se fosse só isso tudo bem.
W- E o que mais?
E- Por que caralhos você deixa esses espinhos embaixo da cama?
W- Longa história... Mas enfim, o que aconteceu? - não precisei de uma resposta, Enid tirou a mão, sua testa sangrava. Com os braços cruzados, me aproximei de Enid, mas não fiz nada.
W- Isso não é nada.
E- Mas dói. - ela fez uma cara de cachorro abandonado, o que me fez revirar os olhos e limpar a testa dela com a minha blusa, com uma parte que não tinha tantos pelos. Ela sorriu pra mim, mas ainda não tinha parado de sangrar. Enid tentou olhar para sua testa e isso foi até que fofo, eu abaixei um pouco, pra ficar na altura de seu rosto e dei um selinho nela. Andei até a porta, mas Enid me chamou quando pisei no corredor.
E- Wed.. fica aqui?
W- Tá, eu fico. - voltei para o quarto, onde me surpreendi quando Enid já estava de pé, bem na minha frente. Ela agarrou minha cintura e com uma das mãos, colocou no meu queixo, me fazendo olhar pra cima, no caso, pro rosto dela. Aquelas orelhas de lobo a deixavam bonita, muito bonita. O rabo balançava da direita para a esquerda sem parar, mesmo que já tivesse visto, dava pra ouvir o barulho.
Enid sorriu pra mim, toda boba.
W- O que? - perguntei, já que não estava entendendo o que ela queria dizer. Enid não me respondeu da primeira vez, então perguntei de novo.
W- O que foi?
E- Eu não sei... Eu só precisava de você perto de mim. Só isso. - ela não tirava o sorriso bobo do rosto, o rabo ainda abanava sem parar enquanto ela me olhava, mas o barulho que fazia estava me irritando, então segurei ele quando chegou perto de mim.
Eu vi todos os pelos que ainda restavam no corpo de Enid arrepiando e ela se afastando um pouco, quase que automaticamente, me olhando com os olhos arregalados e tentando abaixar suas orelhas de lobo, que foram pra cima como os pelos.
W- Gosta disso? - cheguei perto dela de novo, mas sem colocar a mão nela.
E- E-eu... N-não, que? - ela estava toda confusa, ou nervosa, era uma mistura dos dois.
Depois de um tempo, Enid voltou ao normal, mas estava mais vermelha do que na hora que fiz sua calda parar.
E- Não faz mais isso.
W- Por que? - Enid só me olhou, achando que eu entenderia a expressão que ela fez, mas não. Enid percebeu isso logo depois.
E- É que... Ai, é complicado, eu não sei explicar. - ela mexia as mãos enquanto tentava explicar.
W- Não precisa explicar com palavras, explique fazendo algo. - foi o que Enid fez, segurou meu rosto e me deu um beijo, eu continuei sem nem pensar, mas ainda não sabia o que ela queria, um beijo não explicava muita coisa depois de todos aqueles outros. Ela parou o beijo um tempo depois, me olhou e foi aproximando o rosto devagar do meu pescoço, mas eu segurei o pescoço dela, soltei, fui até a cama e virei para ela de novo.
W- Vem logo. - sentei na cama e abri um pouco a perna, esperando ela vir até mim.
A calda de Enid voltou a abanar, mas agora mais forte e desgovernada. Ela veio até mim e sentou no meu colo. Eu comecei a lamber seu pescoço e com Enid assim, isso a fazia se entregar mais fácil pra mim.

Eu Realmente Gosto De Você - Wenclair Onde histórias criam vida. Descubra agora