capítulo 23

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Acordei por causa de Enid. Ela não parava quieta, eu já estava acordada, mas com os olhos fechados.
E- Wed... Eu..
W- O que? - abri meus olhos.
E- É que...
W- Fala logo Enid. - disse sem levantar. Enid segurou meu braço bem em cima do corte, doeu, mas menos do que antes. As faixas que estavam no meu braço e nas minhas mãos não estavam mais lá. Sentei na cama.
W- O que você fez? - disse olhando meu braço.
E- É que tava solto, e aí eu tirei.
W- Por que?
E- Porque saiu e também porque tava sujo.
W- Como sujo?
E- Tava marrom. - Enid falava normal, mas nem eu liguei para isso.
W- Tá. Eu vou- - fui descer da cama, mas Enid me segurou e pra minha sorte, foi o braço esquerdo.
E- Espera. Você não pode deixar assim.
W- Por que não?
E- Porque eu não quero você doente. Vem aqui. - ela me puxou, pra cima dela, eu quase caí de cara na dela, mas me apoiei na cama antes. Enid sorriu.
E- Olha, eu até queria continuar isso, mas você não pode ficar aqui, vão botar que você saiu, então, vamo logo com isso. - Enid me afastou pra um pouco longe dela, sentou na cama e bateu na coxa.
W- Que?
E- Vem aqui. - obedeci, sentei em seu colo, olhando pra ela e meu braço quando ela me fez esticar ele em sua frente.
Enid começou a enfaixar meu braço, mas antes que pudesse terminar, percebeu que estava a olhando fixamente.
E- Que foi? - disse com um pedaço da faixa na boca, já que estava cortando com os dentes. Quando percebi Enid me olhando, sai de meus pensamentos.
W- Que? N-nada.
E- Tava me olhando por que? - ela disse em tom provocante. Terminando de enfaixar meu braço, ela foi para o outro, ou melhor, para a mão do braço direito.
E- Como você fez isso? - ela ergueu minha mão para que eu visse. Estava muito feio, dava pra ver um pedaço de osso no meio.
W- Ah... Isso não importa.
E- Wednesday, como você fez isso?
W- Eu não sei.
E- Me fala. - Enid disse, parecia brava.
W- Mas eu não-
E- Wednesday Addams.
W- Tá! Eu soquei a parede, e uma parte disso, foi meio que quando bati no Tyler, ah, e eu também quebrei aquela pia.
E- Por que você fica se machucando? Eu fico triste.
W- Por nada, nem eu sei. - não quis admitir que era por causa dela.
E- Wed, me promete nunca mais fazer isso de novo. Porfavor.
W- Eu não vou mais, eu juro. - Enid deu um sorriso de canto, terminou de enfaixar minha mão e apertou meu rosto.
E- Já te disse que amo você?
W- Já.
E- Então eu digo de novo.
W- Você é muito tonta, Enid.
E- Eu sei. - ela aproximou o rosto do meu. Antes que ela pudesse me beijar, cheguei perto do pescoço dela, que não tinha mais nenhuma marca minha.
E- Ei! Não vale. - Enid tentou segurar meu rosto, pra voltar a olhar pra ela, mas assim que ela colocou a mão, comecei a chupar seu pescoço. E depois de deixar uma marca em sua clavícula, eu deixei outra mais pra cima, mas quando fui deixar mais uma, bateram na porta.
W- Merda. - disse baixo, me afastei de Enid.
E- Se esconde, é minha mãe. - obedeci, olhei o quarto rápido, procurando um lugar pra me esconder, por sorte, a cama era baixa e tinha um lençol que cobria a parte de baixo, então, entrei ali, a roupa preta não era muito boa pra se esconder em um hospital, mas eu não podia fazer nada.

(Autor:Gente, alguém pode pelo amor de deus, me responder uma coisa? Qual o nome da mãe da Enid? Eu não faço a menor ideia, enquanto não sei, vou colocar um ? Antes da fala)

A mãe de Enid falava com ela, perguntando se estava bem, se tinha dormido e tudo mais.
?- Ok, mas... O que é isso em seu pescoço?
E- A-ah, isso? Não é nada, eu... Bati na.. cama, isso, eu bati na cama. - com certeza ela estava me xingando mentalmente.
?- hm. - a mãe dela disse, desconfiada, mas mudou de assunto, disse que já voltava, que iria trazer o café da manhã pra Enid, e saiu do quarto.
E- Filha da puta, por que foi deixar um chupão bem onde aparece? - Enid disse quando sai de baixo da cama.
W- Eu não sabia.
E- Tá, eu sei, mas aproveita. Volta pro quarto, quando ela dormir, talvez eu vá lá te ver. - Enid sorriu e me deu um selinho, antes que eu saísse correndo do quarto.
Quando voltei pro meu quarto, tive que colocar a merda da roupa laranja de novo e depois, me algemar na cama. Os policiais apareceram na porta com xícaras de café logo depois.

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