"Ela queria poder viver um filme com ele, ser a garota que chega, consegue um espaço para ficar e acaba ali pra sempre, mas tinha plena noção de quem nem tudo era perfeito assim e que a vida dele era complicada demais. Exatamente como Bob e Charlott...
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"Nós tínhamos as estrelas, você e eu. E isso nos é dado apenas uma vez."
Cécile ligou para Adam assim que chegou em casa, como de costume, ele não atendeu.
Diferente de Charles, que mandou uma mensagem para sua noiva e foi correspondido no mesmo instante. Alguns paralelos existem para que possam ser vistos, o piloto passou a madrugada inteira pensando naquele jantar, o piloto queria ser como ela, livre. Depois de ter a conhecido melhor, ele soube que tudo o que ela conhecia do amor foi apresentado por alguém que viveu muito mais.
Cécile parecia ser essa pessoa para o piloto. O guru que te ensina tudo o que é necessário, mas ele não queria sofrer, não estava em condições disso, nem poderia se dar esse luxo. Brienne estava falando sobre as flores mais uma vez, porém, nessa oportunidade Charles prestou atenção no que ela dizia e tinha um sorriso no rosto. Ela é uma garota bonita, tem cabelos escuros e longos, seus olhos seguiam o marrom do cabelo, sua pele é bronzeada e o corpo é curvilíneo.
Brienne é linda, mas é o completo oposto da mulher que está morando na cabeça de Charles.
O que era um verdadeiro problema, pois o piloto não se casaria com a escritora em três semanas e ela definitivamente nunca namoraria alguém como ele. Ouvir a história do grande amor da vida dela só mostrou algo que Charles já imaginava, até mesmo os amores de Cécile precisavam ser pessoas livres. Ele nunca foi um.
Mas uma parte de seu ego queria que ela gostasse dele, era a aprovação que ele precisava naquele momento, não entendia o motivo, nem sabia se existia um, mas enquanto olhava aquelas flores, ele só desejava sair dali e ficar conversando com a vizinha por horas novamente. Brienne levou um catálogo inteiro de fotos para Charles ajudá-la com aquilo, ele até estava gostando, não era tão ruim assim.
— Hoje quando estava subindo no elevador, um entregador estava carregando um buquê lindo de tulipas cor-de-rosa para entregar na moça que mora aqui na frente. Não vi aqui no catálogo, talvez poderíamos pedir que busquem-as em Amsterdã, o que você acha, meu amor? — Brienne indagou, tirando os olhos do noivo das fotos.
— Recapitulando, você conhece a garota que mora aqui na frente? — Charles perguntou-a surpreso.
— Sim, ela é uma escritora famosa. Posso estar errada, mas me lembro de ler que se chama Cécile e foi casada com um diretor de cinema, ele fez um filme pra ela, dizem que ela também escreveu todos os livros usando o marido de inspiração. Ninguém sabe se terminaram mesmo ou não — disse a monegasca.
— Como você sabe de tudo isso, Brienne?
— Charles, você tem os seus assuntos com o Pierre, não tem? Também tenho os meus com as minhas amigas e fofocar sobre celebridade de verdade é melhor — Brienne deu de ombros, ela tinha um sorriso bonito e era apenas dele, foi bom vê-lo para se lembrar que a amava, ele tinha medo de esquecer. — Voltando às flores, acha que podemos trazê-las de Amsterdã?
