capítulo 14

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Capítulo por LENNON.
📍RIO DE JANEIRO — RJ.
UNS DIAS DEPOIS...

— Graças a Deus, em casa. — falo assim que entro no apto.

— Papo reto, que dia longo.

Hoje tudo o que podia dar errado, deu. O voo atrasou de um jeito absurdo por conta da mudança de tempo repentina, e com isso chegamos tarde no Rio.

— Fica aí mesmo, Léo. Tá tarde cara, dorme no quarto da Luana, ela com certeza tá no meu.

Entramos em casa e tava maior silêncio, deixei minhas coisas ali pela sala mesmo, e fui atrás da Luana. Mas cedo ela tinha falado que não tava legal, e eu fiquei preocupado com ela sozinha aqui já que ela veio pra casa depois da faculdade.

Entrei no meu quarto e vi ela toda enrolada no cobertor, o ar desligado e tava um calor terrível no quarto.

— Visão vida, cheguei. — falo assim que sento na cama.

— Oi, Lê. — ela fala baixinho com a voz rouca.

Afastei um pouco a coberta, e encostei nela sentindo ela quente pra caraca.

— Vem tomar um banho. — puxo a coberta de vez e puxo ela pra levantar. — Tu comeu alguma coisa? — ela balançou a cabeça assentindo.

— Comi um sanduíche na faculdade.

Levei ela até o banheiro, e deixei ela lá, tomei um banho no banheiro do corredor e quando eu voltei ela já tava deitada toda tapada.

Fui no quarto dela pegar a caixinha de remédio e o Léo já tava se ajeitando.

— Como que ela tá? — ele pergunta me olhando.

— Tá com febre, esse tempo vira e ferra com ela. O tempo vira, e ela vira juntinho com ele. — falo e ele me olha assentindo.

— Qualquer parada me chama.

— Valeu, boa noite.

Voltei com a caixa de remédio, dei o de febre e um xarope antialérgico que ela sempre tomava, e botei pra despertar. Liguei o ar e deitei ali do lado dela que já veio se aconchegando.

— Tô com frio. — ela reclama.

— Vai passar cara, é porque tu tá com febre ainda. — abraço ela. — Dorme um pouco, vou ficar de olho em você, e qualquer coisa me chama também.

 — Dorme um pouco, vou ficar de olho em você, e qualquer coisa me chama também

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— Me dá esse suco aí. — peço o Léo.

— Tua cara tá péssima hein, dormiu nada né? — balanço a cabeça concordando.

— Luana tossiu a noite toda, toda hora eu acordava.

— Namoral, esse bolo de Nutella é muito bom. — o Léo fala comendo o segundo pedaço do bolo.

Dei risada e quando fui responder, ouvi a Luana tossindo, e tossindo sem parar, uma tosse quase sem intervalo, levantei já desconfiando o que era e o Léo veio atrás.

Entrei no quarto e ela tava sentada na cama, tossindo com a mão no peito, chorando, aparentemente com falta de ar fazendo a respiração ficar curta e acelerada.

— Lu, calma, olha pra mim. Calma, respira. — falo nervoso. — Léo, pega água.

— Lennon, calma.

— Como que calma, Léo? Pega água, cara.

Ela não parava de chorar, ela já não tava tossindo mas a respiração estava toda descontrolada, ela quase não respirava, o corpo já tava ficando mole. Nem percebi o Léo saindo do quarto, só vi ele entrando no quarto com o nebulizador. Eu sempre ficava nervoso com essas crises da Luana e não conseguia pensar em nada.

O Léo preparou o negócio, e ligou me entregando. Coloquei no rosto dela que depois de uns minutos já a respiração já estava mais tranquila. Ela encostou a cabeça no meu peito e entrelaçou a mão na minha.

— Dormiu. — o Léo fala depois de um tempo, olhei pra ela e respirei aliviado.

— Ainda bem que tu tava aqui, cara. Eu perco meu raciocínio total vendo ela desse jeito, consigo nem agir.

— É assim mesmo cara, mas tu precisa se acostumar, a Luana sempre teve essas crises.

— Não vou me acostumar vendo ela mal, nunca.

Ele ficou ali com a gente por um tempo, mas depois foi pro estúdio, e eu fiquei aqui com ela.

Incrível como que qualquer parada com essa garota me afeta, mínima que for. Não gosto, detesto mesmo ver a Lua mal.

Tirei uns fios de cabelo dela do rosto, e fiz um carinho, olhando os detalhes do rosto dela, e me coração deu uma palpitada, quando eu percebi, ajeitei ela na cama e me afastei.

— Coé Lennon. — falo levantando da cama e ajeito a coberta na Lua. — Tu tá viajando, moleque. Se liga, presta atenção rapá. — saio do quarto mas deixo a porta meia aberta. — Essas paradas que o Léo fica falando, entrou na minha mente, que loucura.

 — Essas paradas que o Léo fica falando, entrou na minha mente, que loucura

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