capítulo 17

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Capítulo por LUANA.
📍RIO DE JANEIRO — RJ.
UNS DIAS DEPOIS...

Cheguei na Papatunes e já ouvi as vozes dos meninos, uma farra danada. Entrei na salinha que eles ficavam gravando.

— Oie. — falei com todos eles, com um abraço e depois parei ali do lado do Lennon que estava assinando alguns papéis.

— E aí, pretinha. — ele tira a atenção dos papéis e fala comigo me abraçando.

— Lennin, vai gravar alguma hoje? — o Papato pergunta e ele assente.

— O bagulho é pedir umas pizzas, tô cheião de fome. — o Léo fala, e o Papato concorda.

Os dois saíram pra pegar o número de alguma pizzaria, e eu fiquei ali com o Lennon.

— Que tanto papel, é esse? — pergunto.

— O Adriano me encheu de papel, pra assinar, parecia que não ia terminar nunca mané.

— Mas agora acabou? — pergunto e ele assente. — Tá bom então, né?

— Tá mesmo. — ele deixa os papéis de lado e senta do meu lado de volta. — Como que foi lá na faculdade?

Ele folheou alguns dos papéis, e um deles caiu, abaixei pra pegar e nem esperava que ele fosse fazer o mesmo, quando eu fui olhar pra ele, nossos rostos estão muito, muito, mas muito próximos um do outro, praticamente colados, senti a respiração dele batendo no meu rosto, ele intercalou o olhar entre meus olhos e minha boca umas duas vezes, fiz o mesmo e ele se afastou rápido me fazendo soltar a respiração que eu nem tinha percebido que estava prendendo, ele passou a mão pela nuca olhando os papéis e eu sentei de volta no sofá.

Caralho, o que é isso cara? Meu coração tava disparado, minha respiração tava toda errada, e fora o calor repentino que eu senti. De novo isso?

Há uns anos atrás, no dia da sinuca e hoje. De novo esse sentimento. De novo, esses sentimentos trazendo confusões na minha mente. Automaticamente a conversa com a Andreza veio na minha mente, peguei minha bolsa e eu levantei dali.

— Eu tô indo embora, tá?

— Lua? — escuto ele me chamando, mas continuo andando, mas uns segundos depois ele passa por mim parando na minha frente. — Que isso? Qual foi?

Ele olhou nos meus olhos e eu desviei quando meu coração acelerou, ele segurou no meu queixo me fazendo olhar pra ele.

— Fala Lua, que foi? — respiro fundo e balanço a cabeça negando. — Lua, sou eu. — ele fala se aproximando. — Fala comigo, fala pra mim o que foi.

— Não é nada, eu só tenho que ir pra casa, tenho que fazer uns trabalhos. — falo e ele se afasta um pouco.

— Tá bom. — ele assente. — Eu vou pegar minhas coisas, e a chave do car...

— Não, não precisa. — nem deixo ele terminar de falar. — Você tem que gravar ainda, eu vou sozinha.

— Lua...

— Fica tranquilo, quando eu chegar eu aviso. — ajeito minha bolsa, dou um beijo rápido no rosto dele. — Tchau. — passo por ele rápido.

Capítulo por ANDREZA.
📍RIO DE JANEIRO — RJ.

— Amiga, calma. — entrego um copo de água pra ela.

— Andreza, não tem essa de calma. Meu Deus, de novo, eu sou uma burra.

— Lua, não tem essa de, "de novo", você já tá bem grandinha e sabe muito bem que naquela época não teve confusão de sentimentos nenhum, você simplesmente acreditou nisso com medo de estragar a amizade. Não foi?

— Não sei, amiga.

— Sabe Lua, sabe sim. Você ocultou, achou mais válido ocultar o que tava sentindo, preferiu não aprofundar em saber o que estava rolando, por medo de não dar certo, e estragar a amizade de vocês.

— E agora? — a voz dela sai trêmula.

— Não oculta nada, conta pra ele. Ele vai te entender, até porque ele sente o mesmo.

— A gente não sabe.

— É visível Lua, tá na cara. Qualquer um ver, menos vocês. Vocês não vêem por medo de estragar essa ligação que vocês tem.

— E o que eu vou falar, o que eu vou contar pra ele? Eu não sei de nada, eu tô toda confusa, eu não sei o que fazer, eu não sei de mais nada.

— Conta pra ele dessa confusão aí. Lua, vocês só não podem ficar nessa. E pelo o que você falou, ele percebeu que você estranha depois do que quase aconteceu.

— Posso dormir aqui hoje?

— Você e essa mania de cortar assunto. — falo e ela dá uma risadinha. — E é óbvio que pode dormir aqui.

Capítulo por LUANA.
📍RIO DE JANEIRO — RJ.

Fiquei olhando pra ela, e eu só tinha motivos para agradecer por a Andreza na minha vida, sempre foi um dos meus suportes, até quando não estava morando aqui no Brasil.

— Que foi, hein? — ela pergunta e senta do meu lado. — Vem cá, vem. — ela me puxa pra um abraço. — Eu amo você sua doida, quero seu bem, só quero te ver feliz. Para de se privar com medo do que pode ou não pode acontecer.

— Obrigada, eu te amo também.

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