capítulo 21

5K 377 412
                                    

Capítulo por LUANA.
📍RIO DE JANEIRO — RJ.

— Não, não, não, não. — o Pierry fala, o Lennon respira fundo coçando a cabeça, e eu dou risada. — Lennon, cê tá errando o pé.

— Caraca cara, tá difícil. — ele fala coçando o pescoço.

— Acompanha a Lua, e se solta, não foca em acertar porque você fica nervoso e acaba errando.

O Pierry soltou a música de volta e eu me aproximei dele. Ele segurou na minha cintura, pegou minha mão e eu comecei a guiar os passos. Ele foi seguindo tudinho, depois de uns minutos fazendo os mesmos passos ele me olhou, o olhar bem focado nos meus olhos. Meu coração deu aquela acelerada de leve, e minha respiração travou. E se não fosse pelo toque do celular do Pierry, a gente ia tá nessa ainda.

— Continuem aí, esse mesmo passo. — ele fala chamando nossa atenção, e a gente se afastou. — Lua, como você já pegou, ajuda ele. — ele riu e saiu da sala atendendo o celular.

Capítulo por LENNON.
📍RIO DE JANEIRO — RJ.

O motivo dos meus erros, foi o meu nervosismo. Eu tava nervoso, tava estranho demais só por estar tão próximo da Luana. Não tava focando em nada, e só conseguia pensar na conversa que a gente teve há uns anos atrás, no que aconteceu, na minha conversa com o Léo, e no clima estranho que tava lá em casa.

Tentei focar pra acabar logo com essa aula e a gente ir embora, e mesmo me esforçando, não consegui. Foquei meu olhar nos olhos dela, e senti ela nervosa também, o celular do professor tocou e ele falou pra gente continuar treinando e saiu da sala.

Voltei a olhar pra Lua, e vi ele respirar fundo.

— Vamos, voltar? — ela pergunta e eu assenti me aproximando dela.

A música já estava tocando, então eu segurei na cintura dela, peguei na mão dela e esperei ela começar os passos. Mas, eu senti ela nervosa, a respiração toda atrapalhada, a mão gelada e suando, o olhar não focava em mim, no mesmo segundo que olhava, ela desviava.

— A gente não era pra estar com esse nervosismo, só por estar tão próximo assim um do outro.

— É verdade. — a voz dela sai baixa. — A gente não era pra sentir isso.

— Eu sei, mas eu não consigo, tem sido impossível não sentir. — falo olhando pra ela.

— Não sentir, o que? — ela me olha.

— Você sabe Lua, você sabe porque eu tô ligado que tu também tem sentido isso. Eu só não sei porque a gente não tem coragem suficiente pra sentar, conversar e resolver isso.

— Nem eu. — ela corta o contato visual, e intercalou o olhar entre meus olhos e minha boca.

E nisso meu corpo agiu por si, foi automático. Aproximei meu rosto do dela e ela soltou a respiração se aproximando também, fechei os olhos, e colei nossos lábios. Ela não se afastou, e uns segundos depois, senti a mão dela no meu rosto. Adentrei minha mão no cabelo dela pela nuca, e ela cedeu a passagem, me deixando beijar ela.

Ela fez um carinho na minha nuca com a ponta das unhas e eu senti meu corpo arrepiar com o toque e no automático apertei a cintura dela. Mesmo lento, o beijo estava intenso, o beijo se encaixava de um jeito que nunca se encaixou com o de ninguém.

De um tempo pra cá, eu me peguei imaginando como seria beijar a Lua, criando expectativas de como seria o beijo, mas nenhumas das expectativas que eu criei se igualou com a realidade.

Ela separou nossos lábios devagar, e abriu os olhos junto comigo, ela continuou ali próxima de mim, olhando nos meus olhos. A porta abriu, e ela se afastou de mim no mesmo segundo.

— Desculpa a demora. — o Pierry fala, mas a gente não desviou o olhar um do outro. — Tive que atender, mas resolvi. Vamos voltar ao ensaio?

A Lua piscou algumas vezes e se afastou de mim num estalo, ela pegou a bolsa dela no canto da sala e saiu, sem nem me olhar.

Capítulo por LUANA.
📍 RIO DE JANEIRO — RJ.

Sai de lá, às pressas, sem nem olhar pra trás. Na frente do prédio tinha um ponto de táxi e eu entrei em um deles, já dando o endereço da Andreza, e ele deu partida.

Durante o caminho eu só conseguia pensar no que tinha acontecido, e meu coração acelerava cada vez mais. Porque eu deixei isso acontecer, mas eu também estava querendo o mesmo que ele.

O beijo se encaixou tanto, como nunca encaixou com o de nenhum outro cara. A leveza no beijo, o jeito dos toques, o cuidado, o carinho, eu nunca tinha tido tudo isso em um beijo. Eu me desliguei totalmente de tudo quando estávamos nos beijando. Eu entrei em outro mundo, em outra dimensão, onde só tinha ele e eu.

Quando cheguei no prédio da Andreza, paguei o motorista e desci do carro. E por ter meu nome na portaria, o porteiro me liberou sem nem avisar a minha amiga.

Entrei no elevador, apertei o andar, e wuando cheguei já fui direto na porta dela apertando a campainha. Apertei mais algumas vezes já que não ouvi nenhuma resposta dela.

— Meu Deus, que desespero. — ela fala assim que abre a porta, me dando um leve susto. — Ei, cê tá bem? — ela me olha com o cenho franzido.

Entrei no apartamento, e me joguei no sofá. Senti ela sentando do meu lado e olhei pra ele que estava me olhando toda curiosa, preocupada e assustada.

— O Lennon e eu nos beijamos.

+100comentários pra desbloquear o próx

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

+100comentários pra desbloquear o próx.🔐
MARATONA 5/5.
não volto aqui hoje.🫣
Só vale comentários SOBRE A HISTÓRIA.

Amizade e amor | L7NNON.Onde histórias criam vida. Descubra agora