Capítulo 07

359 24 0
                                    

Renata

Observei tudo ao meu redor e, mano, a decoração do lugar tava impecável! Vim numa reunião da facção com Talibã e tava cheio de gente, parece até uma festa, mas pelo que entendi vão celebrar alguma coisa também, só que é surpresa o tal motivo.

Deixei Igor na casa da minha mãe, assim fico mais despreocupada. Inclusive, ontem ele chegou lá em casa dizendo que Caíque brigou com Jhenifer no meio da rua, pra geral ver mermo, mas eu disse pra ele nem em sonho contar pro pai dele pq se não já sabe né?!

Tomei um pouco de vinho e olhei de relance pra um homem que não parava de me olhar, ele tava numa mesa ao lado da minha, nunca vi ele em outra reunião ou evento da facção. Por mó cota fiquei encarando ele e não foi nem pq eu quis, foi pq ele num parava de olhar e eu tentei até reconhecer, mas não consegui.

Talibã: Tá olhando pra ele pq? - perguntou baixo, apertando de leve minha mão.

Renata: Ih pô, ele ficou olhando e eu encarei de volta. - falei normal, mas o bonito já tava só querendo um motivo pra brigar.

Talibã: Te acalma, rapá. Fiz só uma pergunta, num tem necessidade de tu me tratar assim. - cruzou os braços, bolado.

Renata: Nem começa. - ele olhou pra um lado e pro outro e se ajeitou na cadeira.

Logo uns chefes do comando começaram falar uma pá de coisa, eu nem fiz muita questão de entender pq sempre achei chato esses bagulho que eles faz, só venho mesmo pra fazer companhia pra Talibã, pq se não fosse eu ficava em casa.

Falaram, falaram e falaram só pra no final a gente saber que Sam foi solto e que tanta comemoração era pq o filho dele nasceu, quando a mulher dele apareceu com o menino no braço os babão foi tudo pra cima forçar simpatia.

Talibã: Onde vai? - perguntou quando eu levantei.

Renata: Lá fora fumar, aqui tá chato. Quer ir comigo? - ele negou com a cabeça e pegou no meu pulso me puxando pra perto dele. - bora, vem me fazer companhia mô.

Talibã: Vai na frente, depois eu vou. - me deu um selinho e eu fui andando.

Não gosto de vim pra cá, papo reto. É no meio do nada, tu olha pra um lado e pro outro e só enxerga mato, dá até agonia. Acendi o baseado com o isqueiro que tava na minha bolsa e comecei fumar. Até hoje minha mãe não gosta que eu fume, ela diz que isso é coisa de gente sem noção, mas eu não paro pq fico mec, é mó sensação boa, tá ligado? Eu curto pra caramba.

Eu, o Morro e ElaOnde histórias criam vida. Descubra agora