Eu, o Morro e Ela

Capítulo 33

Talibã

Olhei Solange passar e nem dei moral, virei a cara pro outro lado. Os otário ficaram tudo babando, mas eu só ignorei. Mulher dessa é sem valor algum, sei nem como fui capaz de trair minha mulher com isso, o poder tava subindo pra minha mente mas não deixei, depois que vi Renata naquele estado chorando por minha culpa eu me arrependi até dos bagulho que falei sobre curtir e ficar com quem eu quiser. Não foi esse o juramento que fiz pra ela, então acordei logo pra realidade novamente.

Talibã: Aí, dá pra vocês parar de falar dessa mulher pelo menos um minuto? Cé louco, cês só vive babando ela. - falei bolado mermo.

Kiko: Ih, alá. Vai dizer que tu num acha ela mó pitéuzinho? - perguntou rindo e eu neguei. - só se for tu, irmão.

Formigão: Eu também não acho.

Pg: Mermão, tu a gente nem pergunta mais, pq depois que começou namorar aquela branquinha amiga de Jheni... Credo! Virou o maior babão.

Geral fica gastando o moleque só pq ele num trai a mina e é apaixonado por ela. É melhor ele ficar com fama de babão emocionado do que vacilar igual eu.

Formigão: E Talibã é o quê? Né babão também?

Kiko: Parceiro, como tu, pode anotar que não existe.

Talibã: Mas ele tá certo, tem que dar valor mermo. - joguei a bituca de cigarro fora e levantei do banco. - tô partindo já. Qualquer coisa é só acionar. - fiz toque com eles. Liguei minha moto e dispiei pra base.

Tô afim de viajar com minha mulher, e dessa vez quero ir pra Recife. Nós nunca mais saiu pra canto nenhum, então quero levar ela pra passear um pouco.

Cheguei em casa e não tinha ninguém, deu tempo de eu fazer o jantar, banhar, comer, assistir filme e nada deles chegar, então liguei pra Renata, perguntei que horas eles vinham aí  ela falou que já tava chegando. Coloquei o celular em cima do sofá e fiquei esperando, num demorou ela chegou com meu pivete.

Igor: E aí, velho. - fez toque comigo e foi pro quarto dele.

Renata: Oi, meu amor. - me beijou.

Talibã: Igor só chegou e passou direto pro quarto, quê isso? Agora todo tempo é assim, não fica mais nem um minuto com nós, só quer saber de celular e computador.

Renata: Deixa ele, mô. Nem mexeu em celular hoje, pelo menos agora ele pode.

Talibã: Rum, sei não. - ela me empurrou de leve, dizendo pra eu deixar de besteira. - quer ir pra Recife?

Renata: Quero. Quando? - perguntou animada.

Talibã: Quando tu quiser, pô.

Renata: Depois de amanhã. Só que Igor tem aula, então ele vai ficar ou com minha mãe ou com Simone.

Talibã: Quiser ele fica lá na casa da coroa. - ela concordou.

Renata: Diz pra moça da limpeza ir lá no apartamento. - murmurei um "de boa" e ela foi tomar banho.

Queria levar Igor, mas acho melhor tirar um tempo pra mim e pra Renata. Se desse pra levar ele, lógico que não ia querer deixar meu menor aqui, só que não acho certo ele faltar aula então dá próxima vez vai nós três.