Capítulo 12

248 16 0
                                    

Talibã

Queria nem beber hoje, mas num teve jeito, os mano me arrastou pro bar e aí já sabe né?! Já tava dando 02:10 da manhã e o sono ainda não tinha chegado, celular vibrou no meu bolso e eu peguei.

Keron: Renata num é? - assenti. - tá na hora já parceiro. Ela deve tá preocupada.

Lúcio: Que nada, rapá. Fica mais um pouco. - me senti tipo o Tom, com um diabinho de um lado e um santo do outro.

Lúcio só tenta colocar nós no caminho da perdição, tá ligado? Mas também vai da gente seguir os conselho dele. Não sei como Simone ainda aguenta, se pá que deve ser pq ela não tem escolha.

Talibã: Rum. Lúcio tu num quer nada com a vida, eu já tô indo! - tomei o último gole e levantei.

Lúcio: Que não quero o quê, mermão? Também sou casado, negócio é que não vou deixar de me divertir só pq mulher fica ligando. - Keron negou com a cabeça. - mas é pô, fica fazendo gosto aí depois ela tá mal acostumada achando que pode mandar e desmandar na parada.

Tenho até preguiça de ouvir um bagulho desse. Fiz toque com eles e fui logo me saindo, pq realmente tá ficando tarde mermo e ela deve tá preocupada comigo. Sei nem o que me deu hoje que saí e fui beber, pq nem gosto de fazer essas coisa.

Fui passando em frente um beco e uma pessoa me puxou de uma vez só, quando senti o cheiro daquele perfume doce minha barriga embrulhou.

Talibã: Qual é? Tá maluca? - perguntei alto, mas ela ignorou e veio pra cima beijando meu pescoço. - me solta, cara. Sai daqui.

--- Pô Talibã, facilita aí. - tentou me beijar mas eu empurrei ela. - ai, seu bruto! - saí dali sem nem olhar pra cara dela e comecei andar mais rápido. Ainda bem que ela não pensou em vir atrás de mim, pq se não tapa come já a cara dela.

É cada maluca que aparece aqui no morro, euem. Se eu fizesse isso um monte de gente ia dizer que foi assédio e que eu tô errado, mas aí como é elas que faz eu tenho que deixar passar e só me colocar no meu lugar de homem casado. Isso é uma palhaçada.

Quando cheguei falei com os segurança e abri o portão. Entrei em casa e Renata tava sentada no sofá, mexendo no celular.

Talibã: Foi mal se não te atendi mô, é que tava mó zoada lá. - cheguei logo me explicando pra não ter confusão, pq se ela começar falar agora só se cala amanhã.

Renata: Já é. - levantou e saiu andando, antes de chegar na porta do quarto ela virou e olhou pra mim. - vida, amanhã cedo vou sair, beleza? Tenho que ir resolver umas parada pra minha coroa.

Talibã: Tá, de boa.

Eu, o Morro e ElaOnde histórias criam vida. Descubra agora