capítulo 16.

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Maya Rizzo Lima.

— Vem. — Pedri deita sobre o colchão e se ajeitando, abrindo os braços e olhando em minha direção.

Me aninho a ele, encostando a cabeça contra o seu peito e sendo envolvida pelos seus grandes e fortes braços. Inspiro profusamente, sentindo o cheiro do seu perfume invadir minhas narinas.

— Você quer conversar agora? — Pedri pergunta baixinho. — Porque eu estou aqui para te ouvir.

— Eu sei. — ergo minha cabeça e encontro o par de olhos castanhos escuros olhando para mim. — Obrigada, cariño.

— A hora que você quiser, linda. — Pedri tira um de seus braços, que estava envolto no meu corpo, e leva o polegar e o indicador até o meu queixo, puxando meu rosto para perto e selando nossos lábios.

— Cada segundo que passa eu tenho certeza de que minha relação com eles, principalmente meu pai, funciona melhor quando estamos longe. — suspiro. — E sinto que as coisas vão continuar dessa forma durante toda a viagem.

— Então nós teremos problemas. — Pedri olha em meus olhos e diz sério. — Tenho respeito pela sua família e sempre terei, mas não vou aceitar calado enquanto tratam você dessa forma.

— Eu não consigo concordar com isso. Concordar com a forma com que ele sempre acha que está certo e, mesmo não estando, não dá o braço a torcer. Sei que tenho que respeitá-lo, mas... — Pedri desliza o indicador, colocando-o sobre meus lábios.

— O respeito é necessário de ambas as partes. E, pelo pouco que pude observar hoje, ele não tem nenhum por você e por suas escolhas. — apenas balanço a cabeça, assentindo em silêncio.

— Eu só queria que ele entendesse que estou feliz como nunca estive. Que me sinto realizada tanto na minha pessoal quanto na profissional.

— Realizada na sua vida pessoal? — ele me encara.

— Tem como não estar realizada tendo alguém como você ao meu lado?

— É isso que eu gosto de ouvir. — nós dois rimos juntos. — Mas agora é sério, quero te pedir uma coisa.

— O que?

— Não quero que você aceite isso.

— Sinceramente, cariño? Eu não gosto, mas infelizmente é algo que acabei me acostumando com o tempo. — mordo o lábio. — Me acostumei com a forma que ele me trata.

— Algo que não deveria ter acontecido, cariño. — Pedri acaricia meu rosto lentamente, o que me faz fechar os olhos para apreciar ainda mais o momento. — Mas você pode ter certeza que, no que depender de mim, isso nunca mais vai acontecer. E quero que você não se deixe intimidar, por qualquer pessoa que seja.

— Prometo isso a você. — ele ergue a mão deixando apenas seu dedo mínimo em evidência. — Sério?

— É claro que é sério. — Pedri sorri novamente no instante em que entrelaço nossos dedos. — Pronto.

Permanecemos abraçados, em silêncio, apenas curtindo um a companhia e a sensação de paz que nós dois éramos capazes de transmitir um para o outro.

Muitas pessoas encontram o seu ponto de paz em coisas matérias, lugares, nos seus respectivos empregos ou até mesmo dentro da sua própria família.

O que é completamente normal de se acontecer.

Mas no meu caso, eu encontrei nele tudo que qualquer pessoa poderia almejar.

Tudo o que eu precisava, estava no homem que me segurava em seus braços.

Until I Found You | PEDRI GONZÁLEZOnde histórias criam vida. Descubra agora