capítulo 31.

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Mesmo que naquele momento eu não quisesse, que a minha única vontade fosse ficar quietinha dentro do meu quarto, por estar com a cabeça em todas as coisas que eu havia recém descoberto, Pedri insistiu para que nós saíssemos hoje

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Mesmo que naquele momento eu não quisesse, que a minha única vontade fosse ficar quietinha dentro do meu quarto, por estar com a cabeça em todas as coisas que eu havia recém descoberto, Pedri insistiu para que nós saíssemos hoje. Obviamente que ele ainda não sabia que eu sabia de tudo e não é como se eu não quisesse tocar no assunto ou conversar, mas ainda não consegui encontrar a melhor maneira de fazer isso.

E também, é claro, o fato de ser véspera do meu aniversário contava muito.

Todas as vezes — que não eram muitas — que decidíamos ir ao shopping, sempre íamos próximo ao horário de fechar para evitar o máximo de tumulto possível e normalmente não vínhamos sozinhos. Martín sempre nos acompanhava — mesmo que em carros separados — com os demais seguranças que ele achasse necessário para não gerar tanta aglomeração no local.

Pedri alugou uma sala de cinema inteira só para nós, para termos total privacidade, e pediu para que passassem um dos meus filmes preferidos da Disney que é Enrolados — mesmo que nós dois já tenhamos assistido esse filme pelo menos dez vezes juntos. Sobre uma das poltronas, um buquê de lírios, a mesma flor do filme, e um bilhete junto dele.

"Nem a maior quantidade de lanternas flutuantes seria capaz de evidenciar o quanto eu amo você. Essa é uma das tantas surpresas que preparei. Feliz véspera de aniversário, cariño".

Meus olhos se enchem de lágrimas e a única coisa que consigo fazer é dar um beijo rápido em seus lábios.

Ficamos por pouco mais de duas horas antes de chegarmos ao estacionamento, entrarmos no carro e seguirmos para a casa do Pedri.

— Está tudo bem? — ele quebra o silêncio e mesmo sem olhar para ele, posso sentir seu olhar sobre mim. — Gostou da surpresa? Eu pensei em escolher outro filme, mas...

— Está, tudo bem. — olho rapidamente para ele, mas logo volto a encarar a rua através da janela. — Foi realmente perfeito, obrigada.

— Você está quieta demais. — Pedri volta a atenção para a estrada, mas continua a falar. — Muito na sua, até durante o filme ficou e olha que você sempre gosta de comentar as cenas. Principalmente naquela cena quando eles dois estão juntos no barco. É a sua favorita. — ele bate os dedos contra o volante. — Fala a verdade, você não gostou?

— O que? Não, é claro que eu gostei. — encaro minhas mãos que estavam apoiadas em minha perna. — Isso definitivamente é coisa da sua cabeça. Só estou um pouco cansada, só isso. — recosto a cabeça no banco.

Quinze segundos. Esse foi o tempo que ele conseguiu ficar quieto.

— Se alguma coisa estiver te incomodando, se você quiser conversar sobre alguma coisa, cariño, pode falar. — ele suspira alto. — Eu quero saber o que está te deixando tão quieta e...

— Por que não me contou sobre a chantagem que você está sofrendo por causa das nossas supostas fotos na praia e porque você não me falou que está pagando mais da metade do aluguel do meu apartamento?

Until I Found You | PEDRI GONZÁLEZOnde histórias criam vida. Descubra agora