𝘾𝘼𝙋𝙄́𝙏𝙐𝙇𝙊 𝟵 - 𝙣𝙞𝙜𝙝𝙩𝙢𝙖𝙧𝙚 𝙞𝙣 𝙝𝙚𝙡𝙡. ☆

266 25 27
                                    

Encontrar esperança na falta de
esperança, me tirar desse
Desfazer as cinzas
--------------------------------------------

⚠️Esse capítulo pode conter uns gatilhos para certas pessoas.⚠️
~~~~~~~~~~

Regulus chegou em casa e bateu na porta, no mesmo minuto o monstro abriu para ele.

- Seja bem-vindo, Senhor. - O monstro comprimentou Regulus, pegando sua mala e colocando para dentro. - Sua mãe não está em casa.

- Onde ela está? - Regulus entrou, examinando cada canto da casa para ter certeza que sua mãe não estava lá.

- Ela foi resolver umas coisas, tem algo com negócios, não sei ao certo. - o monstro fechou a porta. - Não posso falar nada sobre com o senhor, não foi permitido.

- hm. - Regulus começou a andar pela casa, devagar. - Espero que ela fique onde é que esteja por um bom tempo.

- Senhor, eu penso que não pode falar assim de sua mãe. - Ele estava seguindo Regulus com sua mala na mão.

- Eu odeio aquela mulher. - Regulus parou e virou-se para o monstro. - Ela destruiu minha infância e minha vida junto, não só a minha como a do meu irmão também.

- Me perdoe, Senhor, mas Sirius não é mais seu irmão.

- Ele é sim. Querendo ou não ele tem meu sangue, ele cresceu comigo, ele cuidou de mim, ele é meu irmão. Sirius não fez nada de errado, a única culpada por tudo aqui é aquela mulher. - Regulus se virou-se novamente e subiu as escadas.

- Eu sinto muito por tudo que o senhor passou. - O mostro continuava o seguindo.

- Hm. Escuta, para de me seguir, me entrega a minha mala e vai lá pra baixo. - Regulus perdeu a paciência e pegou sua mala da mão do monstro.

- Mas- ok, o senhor quem manda. - Ele fez uma mini referência e desceu.

Regulus foi para seu quarto e desfez sua mala. Em seguida deitou-se em sua cama e ficou olhando para o teto durante um tempo.

- Eu vou me matar. - Ele susurrou, não tinha ninguém lá para ouvi-lo, então. - Eu devo ter feito alguma coisa para o universo. Impossível!

Regulus pegou um travesseiro e jogou sobre o rosto. Quando menos esperou ouviu uma batida na janela e se levantou rápido, foi até a janela e deu de cara com uma coruja.

Ele abriu a janela e pegou a carta que estava com ela.

- Obrigado, coruja. - ele acenou para coruja e fechou a janela novamente. Logo em seguida abriu a carta.

𝙈𝙞𝙣𝙝𝙖 𝙦𝙪𝙚𝙧𝙞𝙙𝙖 𝙚𝙨𝙩𝙧𝙚𝙡𝙖

𝙀𝙪 𝙟𝙖́ 𝙘𝙝𝙚𝙜𝙪𝙚𝙞 𝙚𝙢 𝙘𝙖𝙨𝙖, 𝙖 𝙥𝙧𝙞𝙢𝙚𝙞𝙧𝙖 𝙘𝙤𝙞𝙨𝙖 𝙦𝙪𝙚 𝙛𝙞𝙯 𝙦𝙪𝙖𝙣𝙙𝙤 𝙘𝙝𝙚𝙜𝙪𝙚𝙞 𝙛𝙤𝙞 𝙢𝙖𝙣𝙙𝙖𝙧 𝙚𝙨𝙨𝙖 𝙘𝙖𝙧𝙩𝙖 𝙥𝙖𝙧𝙖 𝙫𝙤𝙘𝙚̂, 𝙞𝙢𝙖𝙜𝙞𝙣𝙤 𝙦𝙪𝙚 𝙘𝙝𝙚𝙜𝙖𝙧𝙖́ 𝙧𝙖́𝙥𝙞𝙙𝙤, 𝙚𝙨𝙨𝙖 𝙘𝙤𝙧𝙪𝙟𝙖 𝙚́ 𝙢𝙪𝙞𝙩𝙤 𝙧𝙖́𝙥𝙞𝙙𝙖. 𝙀𝙣𝙩𝙖̃𝙤, 𝙚𝙨𝙥𝙚𝙧𝙤 𝙦𝙪𝙚 𝙚𝙨𝙩𝙚𝙟𝙖 𝙗𝙚𝙢, 𝙥𝙧𝙚𝙘𝙞𝙨𝙤 𝙦𝙪𝙚 𝙚𝙨𝙘𝙧𝙚𝙫𝙖 𝙙𝙚 𝙫𝙤𝙡𝙩𝙖 𝙥𝙖𝙧𝙖 𝙢𝙞𝙣𝙝𝙖 𝙨𝙖𝙪́𝙙𝙚 𝙢𝙚𝙣𝙩𝙖𝙡 𝙛𝙞𝙘𝙖𝙧 𝙚𝙨𝙩𝙖́𝙫𝙚𝙡.

𝙉𝙖 𝙥𝙧𝙤́𝙭𝙞𝙢𝙖 𝙞𝙧𝙚𝙞 𝙢𝙖𝙣𝙙𝙖𝙧 𝙪𝙢 𝙥𝙧𝙚𝙨𝙚𝙣𝙩𝙚 𝙥𝙖𝙧𝙖 𝙫𝙤𝙘𝙚̂! 𝘼𝙝, 𝙚𝙪 𝙛𝙖𝙡𝙚𝙞 𝙘𝙤𝙢 𝙢𝙞𝙣𝙝𝙖 𝙢𝙖̃𝙚 𝙨𝙤𝙗𝙧𝙚 𝙫𝙤𝙘𝙚̂, 𝙚𝙡𝙖 𝙙𝙞𝙨𝙨𝙚 𝙦𝙪𝙚 𝙨𝙪𝙥𝙚𝙧 𝙖𝙘𝙚𝙞𝙩𝙖𝙧𝙞𝙖 𝙫𝙤𝙘𝙚̂ 𝙫𝙞𝙧 𝙢𝙤𝙧𝙖𝙧 𝙘𝙤𝙢 𝙖 𝙜𝙚𝙣𝙩𝙚, 𝙚𝙪 𝙖𝙘𝙝𝙤 𝙪𝙢𝙖 𝙞𝙙𝙚𝙞𝙖 𝙢𝙖𝙧𝙖𝙫𝙞𝙡𝙝𝙤𝙨𝙖!!
𝘽𝙚𝙞𝙟𝙞𝙣𝙝𝙤𝙨...

- 𝓨𝓸𝓾𝓻 𝓙.𝓕.𝓟
~~~~~~~~~~~~~
Na metade da carta Regulus já estava sentado em sua cama, com um sorriso bobo no rosto enquanto lia. A ideia de morar com os Potter's não era ruim, mas ele não tinha coragem.

Ele foi rapidamente para sua mesa e começou a escrever.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

𝙢𝙤𝙣 𝙘𝙝𝙚𝙧 𝙥𝙚𝙩𝙞𝙩 𝙡𝙞𝙤𝙣

𝙎𝙪𝙖 𝙘𝙖𝙧𝙩𝙖 𝙘𝙝𝙚𝙜𝙤𝙪 𝙗𝙚𝙢 𝙧𝙖́𝙥𝙞𝙙𝙤 𝙨𝙞𝙢, 𝙚 𝙚𝙪 𝙩𝙖𝙢𝙗𝙚́𝙢 𝙟𝙖́ 𝙘𝙝𝙚𝙜𝙪𝙚𝙞. 𝙈𝙞𝙣𝙝𝙖 𝙢𝙖̃𝙚 𝙣𝙖̃𝙤 𝙚𝙨𝙩𝙖́ 𝙚𝙢 𝙘𝙖𝙨𝙖, 𝙚𝙣𝙩𝙖̃𝙤 𝙚𝙪 𝙚𝙨𝙩𝙤𝙪 𝙨𝙚𝙜𝙪𝙧𝙤, 𝙣𝙖̃𝙤 𝙨𝙚 𝙥𝙧𝙚𝙤𝙘𝙪𝙥𝙚.

𝙀 𝙨𝙤𝙗𝙧𝙚 𝙢𝙤𝙧𝙖𝙧 𝙘𝙤𝙢 𝙫𝙤𝙘𝙚̂, 𝙣𝙖̃𝙤 𝙥𝙤𝙨𝙨𝙤, 𝙚𝙨𝙦𝙪𝙚𝙘̧𝙖 𝙞𝙨𝙨𝙤.

𝙄𝙣𝙘𝙡𝙪𝙨𝙞𝙫𝙚, 𝙚𝙪 𝙣𝙖̃𝙤 𝙦𝙪𝙚𝙧𝙞𝙖, 𝙢𝙖𝙨 𝙞𝙣𝙛𝙚𝙡𝙞𝙯𝙢𝙚𝙣𝙩𝙚 𝙫𝙤𝙘𝙚̂ 𝙚𝙨𝙩𝙖́ 𝙛𝙖𝙯𝙚𝙣𝙙𝙤 𝙛𝙖𝙡𝙩𝙖. 𝙀𝙨𝙨𝙖 𝙘𝙖𝙨𝙖 𝙢𝙚𝙨𝙢𝙤 𝙘𝙝𝙚𝙞𝙖 𝙥𝙖𝙧𝙚𝙘𝙚 𝙫𝙖𝙯𝙞𝙖, 𝙞𝙨𝙨𝙤 𝙚́ 𝙝𝙤𝙧𝙧𝙞́𝙫𝙚𝙡.
𝘽𝙚𝙞𝙟𝙤𝙨 𝙥𝙖𝙧𝙖 𝙫𝙤𝙘𝙚̂ 𝙩𝙖𝙢𝙗𝙚́𝙢, 𝙢𝙤𝙣 𝙥𝙚𝙩𝙞𝙩 𝙡𝙞𝙤𝙣.

- 𝔂𝓸𝓾𝓻 𝓡.𝓐.𝓑

Regulus não mentiu quando disse que James fazia falta. Ele realmente fazia.

Após terminar a carta e fechá-la, se levantou e foi atrás de uma coruja para levá-la até a casa dos Potter's.

Depois de umas 2 horas Walburga voltou para casa. Ela já chegou procurando Regulus desesperadamente, o monstro disse que ele estava no seu quarto e ela foi lá atrás dele.

Regulus estava com os olhoa fechados mas não estava dormindo, apenas descansando a mente. Porém seu descanso foi interrompido, sua mãe começou a esmurrar a porta de seu quarto.

- Regulus Black!! - ela começou a gritar.

Regulus respirou fundo e respondeu. - Oi, mãe.

- Abre a porta! Quem mandou você trancar? - ela continuou gritando.

- Sim? - Ele abriu e olhou para ela.

- Ótimo. Está fazendo oq? - ela parou de gritar (para felicidade de Regulus).

- Nada. - Regulus respondeu.

- Como sempre. - Ela entrou em seu quarto, e Regulus agradeceu mentalmente por ter guardado a carta de James em sua gaveta. - Amanhã você vai patinar.

- Vou? - Regulus encostou na parede ao lado da porta.

- Vai. - Ela saiu.

- Ok. - Ele ia fechar a porta, porém sua mãe começou a falar denovo. Ela estava parada na frente da porta.

- Hoje vou mandar o monstro fazer torta para sobremesa. O jantar será as sete horas, sua tia vai vir aqui.

- Qual tia? - Regulus estava parado, segurando a maçaneta da porta.

- Eu não faço ideia, é uma tia distante, só isso que sei.

- uhum.

- Ótimo, perciso descansar agora. - Sua mãe saiu.

Ele fechou a porta, e se jogou na cama novamente.

- Minha vida é uma merda. - Ele voltou a olhar para o teto, antes de se sentar e pegar a carta de James na sua gaveta, começou a lê-la novamente involuntariamente. - Ah, mon petit lion, como eu queria você comigo agora... - Ele se deitou, fechou os olhos, ainda segurando a carta como se estivesse abraçando alguém.

Realmente a casa dos Black's não era o melhor lugar para se viver. E fica ainda pior quando não tem ninguém que se importa de verdade com você lá dentro, quando ninguém liga para seus sentimentos. Se ele pudesse fazer algo com aquela casa, ele colocaria fogo em cada parte dela, até não sobrar nada.

Ele tinha seus motivos, a infância cheia de dor, os pais tóxicos, a perda de contato com o único que se importava, as brigas frequentes, tudo isso e mais um pouco.

Ele odiava aquela casa e aquela família.

 Midnights - starchaser (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora