Hachi ficou pensando no baixinho por mais um tempo. O cheiro dele estava gravado em sua memória. Queria vê-lo de novo. Acabou voltando ao bar onde se encontraram naquele dia. Para a surpresa dela, ele teve a mesma ideia.
-Oi Hachi. - Ele disse sorrindo.
-Oi, Chuuya.
-Você saiu sem dizer tchau. Nem vi você saindo
-Me perdoe. Eu não costumo dormir fora de casa.
-Sei. - Ele deu um sorrisinho safado.
-É verdade.
Ele se aproximou dela e tocou seu rosto de leve.
-Tem compromisso hoje Hachi?
-Não.
-Vamos para minha casa? - Ele deu um selinho de leve nos lábios dela.
-Achei que não ia pedir...
Voltaram de novo para o apartamento dele. Desta vez, conversaram mais um pouco, beberam mais um pouco de vinho. Ficaram juntos mais uma vez.
Depois foram tomar banho juntos na banheira. Hachi estava aproveitando cada momento juntos. Mas, ela tinha medo. Não podia perder o foco. Eles estavam um de frente para o outro em uma grande banheira cheia de espuma.
-Hachibu... quando vai me dizer seu nome? - Ele disse tragando um cigarro.
-Hachi é meu nome... Pelo menos é assim agora. - Ela o observou tragar o cigarro. - Eu não sabia que fumava.
-De vez em quando, na maioria das vezes quando estou estressado.
-E agora?
-Estou relaxado até demais.
-Isso é bom não é? - Ela disse sorrindo.
-É sim. - Ele escorou a cabeça na mão com o cotovelo apoiado na beirada da banheira. -Eu quero me encontrar com você mais vezes, seria possível?
-Sim... eu acho. Só não quero nada sério.
-Sem rótulos então?
-Sim.
-Você não vai nem me passar seu número?
-Eu não tenho celular. - Isso era mesmo verdade. Hachi não tinha telefone, e-mail.
-Então, vamos marcar um dia da semana. No mesmo bar. Toda quarta-feira. A gente bebe, se você tiver a fim a gente transa. Que você acha?
-Por mim tudo bem...
-Você é impressionante Hachi...
Hachi não se importava com isso. De ser um objeto, de ser uma casualidade. Ela simplesmente não tinha mais nada a oferecer.
Depois do encontro, eles passaram a se encontrar com frequência. Sem rótulos, apenas casualidade. Uma dose de bebida e depois, saiam juntos. Ela não fazia perguntas pessoais, não se envolvia emocionalmente, queria que tudo aquilo fosse apenas carnal. Não queria perder mais ninguém.
O sexo acontecia dentro do carro dele, no apartamento, as vezes até no banheiro de alguma boate. Não havia pudores, nem frescura. Apenas o momento.
Naquele dia, estavam juntos dentro do carro dele, em um beco escuro perto do bar onde se encontravam. Ele teve que improvisar, porque tinha pouquíssimo tempo para ficar com ela.
-Sinto muito pelo local... desconfortável.- Ele disse desafivelando o cinto.
-Tá tudo bem. - Ela disse levantando a saia e montando em cima dele.
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Oito Minutos
FanfictionHana Sihadeko quando tinha 15 anos, ao voltar da escola se deparou com a casa em que morava pegar fogo. Dentro casa estava toda a sua família e somente ela sobreviveu. Salva por um homem desconhecido, ela reunirá o que resta de forças para se vingar...