Hana ficou parada olhando para cima sem se mexer. O estrondo veio tão rápido que ela nem viu o que acertou o homem que estava em cima dela. Ouviu mais estrondos e gritos para todo lado. Mas, ela não conseguia se mexer.
Quando ela conseguiu mover os olhos , viu um rapaz mais ou menos da sua idade dar passos pesados na direção dela, a aura vermelha saía por seu corpo. Era um rapaz magro, baixinho e cabelos da cor do fogo. Tinha expressão de poucos amigos e os olhos tão azuis quanto os dela. Estava com a mãos nos bolsos, e tinha uma presença marcante. Chegou bem próximo a ela e tirou a jaqueta verde escura que vestia e colocou sobre o corpo dela.
Ela chorava sem parar. Ele olhou com certo desdém pensou em deixá-la lá, mas estendeu a mão e a ajudou a se levantar. Ela soltou a mão dele e se ajoelhou no chão e se curvou diante dele.
-Eu serei eternamente grata! - Ela disse engasgando as palavras.
-Levante-se! - Ele disse com a voz grave. Ele parecia estar sempre furioso.
-Obrigada. Por favor aceite minha gratidão! - Ela chorava sem parar jogada aos pés dele.
-Ta tudo bem. O que faz aqui? Vocês não são daqui. Vir a um lugar desses sozinhas! Francamente!
-Uma... grande idiotice. Já me arrependi.
-Da próxima vez vou deixar que eles se divirtam. Não gosto de burgueses como você que pensam que podem fazer o que quiserem.
-Eu... juro que nunca mais volto aqui.
Hana ficou olhando para o garoto que desviava o olhar toda vez que seus olhos se cruzavam. Tinha um rosto delicado, muito branco, de olhos azuis
-Hana! - Himeno correu até a amiga e a abraçou. - Que bom que você está bem! Me perdoe!
-Tá tudo bem...
-Obrigada por nos salvar. - Ela disse se virando para o rapaz.
-Vamos embora Himeno. Pra mim já deu.
Elas seguiram pelo caminho contrário, sendo observadas pelo ruivo. Ele cogitou deixá-las, mas por alguma razão, ele demonstrou compaixão.
-Hey. Eu vou escoltar vocês. - Ele disse se aproximando.
-Mesmo? - Hana arregalou os olhos.
-De longe. Caso alguém tente alguma coisa. - Ele disse sério.
Hana ficou agradecida e abriu um largo sorriso. Ela não percebeu, mas o rapaz desviou o rosto e corou de leve.
Ele as seguiu de longe como havia combinado e ficou olhando o cabelo branco da jovem. Parece neve. Ele pensou enquanto via os fios esvoaçantes.
-Aqui é o ponto. Daqui em diante estão seguras. - Ele disse com a voz firme.
-Sou imensamente grata. - Hana disse mais uma vez.
-E não voltem mais aqui. - Ele colocou o capuz cinza na cabeça.- Mas... se resolverem cometer a loucura de voltar. Diga que vocês estão com o Rei das Ovelhas.
Hana arregalou os olhos e apertou a jaqueta que ele havia dado para ela vestir contra seu corpo. Sentiu um arrepio quente e ficou olhando para o jovem se afastar.
-Himeno... Era O Rei das Ovelhas... - Hana disse espantada com os olhos fixos no rapaz.
-Quase morremos... O perigo estava bem atrás de nós.
-Mas, eles nos salvou... né?
Hana e Himeno tiveram uma péssima experiência, voltaram para casa da Himeno já vestidas com o uniforme que haviam saído de casa. Com medo de que os pais descobrissem. Para a sorte delas, chegaram a tempo de pelo menos fingir que estavam na escola. Se o pai de Hana descobrisse ela jamais sairia de casa desacompanhada.
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Oito Minutos
Fiksi PenggemarHana Sihadeko quando tinha 15 anos, ao voltar da escola se deparou com a casa em que morava pegar fogo. Dentro casa estava toda a sua família e somente ela sobreviveu. Salva por um homem desconhecido, ela reunirá o que resta de forças para se vingar...