30 - Vespa Mandarina

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Moriarty ficou em silêncio. Não achou que ele teria tamanha ousadia. O homem a encarava com um sorriso safado e um olhar sedutor. Ela bateu as duas mãos sobre a mesa.

-Nunca! Seu cretino abusado! Quanta ousadia!

-Trato é trato. - ele debochou.

-Não! Isso nunca. Eu te conheci a cerca de 3 dias! Eu não esperei todo esse tempo... - Ela cobriu a boca com as mãos.

-Aaaahh. É isso.- Ele disse sorrindo. - Nunca esteve como um homem antes.

-Me poupe seu mulherengo! Eu sou não quero! Você nem faz o meu tipo!

-Então, não vai cumprir seu trato... poxa, pensei que ingleses fossem de palavra. Que pena. Decepcionado.

Ela ficou numa situação complicada. Ela, a rainha do crime organizado, a famosa Moriarty caiu nas armadilhas do terrível Dazai, que a primeira vista parecia um idiota. Ele perdeu as três primeiras rodadas de propósito, dando a ela confiança para que pudesse pedir uma revanche e ganhar dela com uma jogada absurda. Trato era Trato.

-Você é diabólico. Por isso me testou neste joguinho? Foi para me constranger?

-Não. Eu quis me divertir com você. Sabia do seu talento com o xadrez e resolvi ver pessoalmente.

-Você... - Ela cerrou os dentes furiosa.

-Você também quer. Claro que não sou o Holmes, o seu primeiro e único homem.

Ela puxou o puxou pela gravata e o encarou furiosa. Os olhos por baixo dos óculos estavam lacrimejando.

-Eu te ofendi? - Ele disse com cara de bobo.

-Como você sabe disso?

-Eu chutei. Foi um palpite. E, eu pesquisei sobre você... Criada numa família extremamente rigorosa, estudou numa escola de freiras. Quando se formou dedicou-se em seus estudos e depois acabou conhecendo o mundo do crime e aí começou seus jogos mentais por toda a Inglaterra. Focada como você é, jamais se deixaria levar, exceto por ele.

Ela soltou a gravata e abaixou a cabeça. Ele tinha razão.

-Estou envergonhada.

-Eu não quis te constranger. Me perdoe.

-O que você quer, então?

Ele tocou o queixo dela e ergueu seu rosto. E encarou os olhos dela com intensidade.

-Não ficou claro? Eu quero você.

-Não seja bobo. Não perca seu tempo comigo. Sou fria como gelo.

-Eu quero, eu mesmo provar se não se importar.

-Seu sem vergonha.

-Sua mente ainda será brilhante, mesmo se baixar a guarda um pouco. Não acha?

Ela corou de leve e sentiu um calor em seu corpo que ainda não tinha sentido. Ele saiu de trás da mesa e ajoelhou-se diante dela, segurando seu rosto com as duas mãos.

-Não sou atraente para você? - A voz dele era macia. Sedutora, quase como um sussurro do pecado.

-Você... É sim... - Moriarty era uma gênio do crime. Mas, teve que lidar poucas vezes com aquela arma. A sedução.

Ele tirou os óculos dela e em seguida a beijou nos lábios. A língua dele percorria sua boca com certa delicadeza. Ela estremeceu. Estava baixando a guarda. Ela sabia que ia perder aquela disputa no momento em que aceitou a proposta. Os lábios dele eram macios, o cheiro que Dazai tinha era gostoso. Um cheiro inesquecível.

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