Sanjirello

O sobrancelha de alvo

- Ai caramba, onde eu fui parar, saco – digo me lamentando por  não ter nem conseguido seguir meus amigos para fora da lancheria, agora estou aqui, aqui... Onde é aqui? Acho que nunca  vim pra esse canto da universidade. 

- Hummm! Trao, me dá, que droga! – geme uma voz não muito  longe de onde estou. 

- Pega então! – fala uma voz conhecida... sigo as vozes com  cautela para não me verem, chegando perto da escada, me surpreendo vendo que um moleque seminu com chapéu de palha está tentando pegar suas roupas das mãos de Law que segura as mesmas bem para o  alto impedindo que o mais baixo as pegue. 

- Me dá! – mia Luffy dando pulos. 

- Haha! Você é baixinho demais! E fica fofo irritado – Comenta  Law finalmente entregando as roupas para o outro que as agarra  com força – Deixe-me te ajudar – fala tentando ajudar Luffy a  botar a camiseta. 

- Sei botar eu mesmo! Não preciso de ajuda – reclama  o Mugiwara empurrando os braços de Law. 

- Te acalma, nervosinho. Não vou te morder. 

     Quando meu amigo falou isso, bem na hora uma  mulher alta de cabelos longos e negros saiu do banheiro feminino e  encarou os dois que congelam no mesmo instante, os três igualmente assustados.  Minha vontade é de rir depois desse acontecimento, mas se me descobrirem aqui estou frito... 

- Luffy?! – questiona a mulher incrédula. 

- So-sora Hancock! O-oi! – gagueja Luffy forçando um sorriso.

- Oi... – diz Law com uma expressão séria.

- O que estão fazendo aqui? Não deviam estar lá no auditório? – pergunta a.. Rancoki? Não consigo ouvir tudo completamente. 

- Ah... Bem... – Luffy olha para o chão parecendo não ter a  mínima ideia do que falar. 

- Ehh, a gente já estava indo! Só estava esperando o Luffy que  tinha acabado de sair do banheiro... – mente Law. Pô Tralfagar,  que merda de desculpa. 

- É, isso mesmo! – concorda Luffy. 

- Humm, está bem... – diz Rancoki com um olhar de desconfiança  maior que sua cara e segue pelo corredor.

- Viu o que você fez, idiota?! – cochicha o Mugiwara puxando a  orelha de Law que reclama, e assim voltam a discutir. 

        Resolvo ir ao banheiro para ver se tem alguém que  saiba o caminho para o auditório ou sei lá, se não houver  ninguém, terei que interferir o casal de pombinhos. 

 Entrando no espaço, vejo um cara magro de cabelos loiros  utilizado o mictório mais ao fundo do banheiro. 

- Hey, loirinho. Cê sabe o que teve lá no auditório? – pergunto  indo para o mictório ao lado. 

- Uma votação... – explica o loirinho arregalando os olhos ao me ver abruptamente ao seu lado. 

- Que foi? Parece que viu uma aberração – falo. 

- Você me assustou, seu musgo cúmplice de traficante! – braveja  

- Pera aí, musgo cúmplice de traficante?! Posso até ter um tom de cabelo parecido com musgo, mas cúmplice de traficante?! – grito de volta.  

- Óbvio, me deixa com fúria saber que vocês são uns delinquentes mas são adorados pelas damas!! – revela o loiro. 

- Não ouvi direito?! Repete aí, sobrancelha de alvo – finjo não  ouvir bem. 

- Sei muito bem que ouviu! Vocês são tudo uns merdas! Só por serem bonitos e com grana acham que podem ser donos do pedaço? – questiona bravo e um  pouco vermelho se tocando do que falara mais no início da frase.