A pessoa tira lentamente seu adorno com um suspense que me angustia a cada segundo que se passa. Ao retirá-la por completo, sinto minha pressão baixar na hora e a gravidade me joga com toda sua força perante o chão gelado do shopping. Apenas ouço vozes ao meu redor, contudo não consigo entender o que elas proferem, até desmaiar totalmente. Não acredito que estava vislumbrando o belo filho daquele presidente a menos de um metro de distância de mim.
- Acorda, docinho de coco! – exclama algum ser humano idiota que atreveu-se a jogar água em minha cara.
Não abri os olhos, apenas levei um susto. Primeiro pensei que estava dormindo na minha cama e minha irmã havia me acordado. Mas parece que não… A única coisa que sei é que mudamos de lugar, eu não lembro de estar em um lugar macio...
Esfrego minhas mãos sob meus olhos para diminuir o embaço e retirar o excesso da água. Assim, observo a minha volta e reparo que estou deitado em um daqueles sofás que não possuem encosto. Olhando para o espaço inteiro, vejo que estou em um local pequeno, paredes brancas com bolinhas laranjas e algumas azuis, em uma das paredes há um enorme espelho e em outra, ganchos com alguns cabides, e um dos cabides está com minha roupa... Pera, minha roupa?! Que raios de clichê é esse?! Olho imediatamente para o meu corpo e percebo (e que graças a Deus não é o que pensava que era) que estou com outra roupa, uma camisa com flores e três botões junto a gola e uma bermuda jeans preta. Achei um bom conjunto, não vou negar, mas...
- Quem pôs elas em mim? – indago baixo ao mesmo tempo que paro meus olhos bem na direção de alguém que me encara com uma expressão curiosa.
- Viu! Disse que a bela adormecida iria acordar – exclama... Bon-chan?! O que ele faz nesse lugar? – Oi, docinho!!!
- Ahhhhhh! – berro quando ele se aproxima mais.
Q- ue houve, Sanjinho? Não está se sentindo bem? – questiona.
- N-nada, é-é que... F-foi você que t-trocou as minhas r-roupas? – pergunto um pouco nervoso e rezando para Deus que não tenha sido ele.
- Sim! – responde da forma mais direta possível – Suas roupas mancharam de sangue, então as troquei por um conjunto novo feito pelo Pappug, um dos melhores designers aqui da cidade.
Que que eu fiz para merecer isso? Por que bem esse louco tinha que fazer isso. Mas enfim, pelo menos é alguém conhecido e gente boa.
- Mas estamos aonde? – questiono.
- Na “Criminal Shop”, a loja de Pappug. Sou assistente, Camie também. – explica.
- Nossa, que mundo pequeno, né? E onde está a senhorita Camie? – indago empolgado por saber que uma das garotas mais fofas da facul trabalha aqui na loja.
- Pois é! Mundo engraçado esse. Camie está lá fora do vestiário junto com o pessoal, mas Chopper-chan disse para eu impedi-lo no caso de você querer sair daqui até que ele volte.
Mesmo Bon-chan finalizando sua frase, não dou ouvidos e sigo para pequena porta que é feita de tecido. Mas antes mesmo de eu conseguir sair, o Okama way vida louca me segurou pelo braço.
- Nem pensar, senhorito. É para o seu bem. Quando Chopper-chan voltar com o remédio e cuidar de você direitinho você poderá sair, ok?! – Diz me puxando de volta para o pequeno sofá – deite-se, descansar faz bem para a alma.
- Mas eu quero ver as meninas! – exclamo desesperado.
- Pode reclamar o quanto quiser, mas daqui você não sai – profere calmamente.
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Sanjirello
FanfictionSanji, - um cozinheiro de primeira sem nem ter terminado a faculdade -, fica conhecido como Sanjirello após um baile da universidade. Assim, entra em uma fase da vida que terá que lidar com sua família, suas amizades, seu emprego, faculdade, e o flo...