- Certo! Hora de colocarmos o nosso plano em prática! – grita Momo.
- SHIU!! – gritamos Toko e eu.
- Desculpa! Agora vamos! – pronúncia baixinho.
Momo, Toko e a super ninja Tama, resolvemos invadir o baile de máscaras da Universidade One Piece. É injusto, poxa! Nós também queremos nos divertir! Nosso plano é assim: nos transformamos em um único adulto. Momo seria as pernas, Toko o tronco, e eu a cabeça. Nos tornamos uma espécie de torre humana! Colocamos um vestido longo que o Momo roubou de sua mãe e também conseguimos um convite que era do pai do Oden, ele não pode vir, pois ficou doente...
E agora seguimos confiantes para dentro do enorme salão! Mostramos o convite para o tiozão que está em frente a porta principal. Esse é o momento mais complicado, espero que não dê nada errado. O homem me encarou, parece que desconfiou um pouco, mas no fim permitiu nossa entrada. Corremos até um canto do salão e começamos a sair um de cima do outro.
- Isso aí! Conseguimos!!! – comemoro baixinho.
- Viva para nós!! – diz Toko com um sorriso que se estende de uma orelha a outra.
-Nossa! Olha aqueles dois lá! Dançam muito bem! Até me lembrou o filme da Cinderella – comenta Momo apontando para um casal que dança lindamente no centro do local.
Outros também estão dançando, mas parece que deram mais espaço para aqueles dois, todos parecem estar admirando.- O de cabelo amarelo parece uma menina! – gargalho e os outros dois logo começam a rir também
– shhhh!! Vão nos ouvir!!!
- Bom. Vamos para a melhor parte da festa!!! - Comer!!! – anuncia Momo.
- Isso aí!!
Passamos por baixo das mesas com cautela, e finalmente conseguimos chegar na mesa de comida. E começamos a pegar de tudo um pouco sem que ninguém perceba.
Um brinde a nossa invasão hiper secreta!!! – exclamo levantando um copinho de suco.
Um brinde! – dizem em uníssono.
No centro do salão...
Ainda não consigo acreditar que estou aqui e ainda por cima dançando com o musgo ambulante! Não tinha ideia que ele sabia dançar, embora às vezes ele pise no meu pé... Mas mesmo assim, realmente parece um sonho. Me sinto flutuando nas nuvens, seu toque em minha mão e em minha cintura me deixa totalmente arrepiado, e com uma ardência em todo meu corpo. Quero muito que isso dure por mais tempo, principalmente porque não brigamos uma vez sequer! Isso é algo extremamente raro. Tirando que eu goste um pouco de nossas brigas inúteis... Será porque ele não sabe quem eu sou?- Até que você dança bem para um cara que só sabe beber – digo.
- Como sabe que eu bebo? Anda me observando, é? – pergunta com um fino sorriso de canto.
- Não! Você que tem cara de pinguço – rio.
- Ei! É assim que você trata desconhecidos? Seus pais não lhe deram educação, não? – ri junto.
- Só trato bem as damas, os homens que se danem – explico me tocando no que acabara de dizer. Agora, sim, que ele descobre que sou eu...
- Você realmente me lembra alguém – diz bem na hora que a música finaliza.
Todos aplaudiam, óbvio que não deveria ser só para nós, tinham outros casais dançando. Vi até o Luffy obrigando o Law a dançar também, foi hilário. Percebo fleches seguidos e tento localizar de onde estão vindo, ao encontrar o ousado que se atreve tirar fotos minhas e do Zoro, vejo que é apenas Bartolomeo.- Aquele retardado... – bufo.
- Parece que gostaram da nossa dança…
- Pois é... – confirmo com minhas bochechas mais coradas ainda – Que tal provar alguma coisa lá da mesa? – sugiro tentando aliviar o momento vergonhoso.
- É que eu queria provar out- interrompo-o na hora com um beliscão em seu braço e começo a puxá-lo até a mesa mais envergonhado ainda.
Enquanto levava-o até lá, percebo que acabo passando bem ao lado dos meus irmãos, inclusive de Reiju. Por sorte, acho que não repararam. Estaria muito ferrado caso me vissem de perto.- Toma. Coma isso e pare de falar besteiras – berro pegando um brigadeiro que eu mesmo fiz e ponho em sua boca.
- Noxa, ta muto bm – fala com a boca cheia.
- Depois eu que não tenho educação – murmuro revirando os olhos.
- Você que fez? – pergunta nem ligando para o que eu disse.
- É.
- Caramba, é o melhor brigadeiro que já comi. Tá melhor que a comida do cara que eu conheço.
- Hum… – É possível eu ter ciúmes de mim mesmo?
- Come um também! Você é muito magrinho, se der um ventinho lá fora tu sai voando – explica me alcançando um docinho.
- Grosso.
- Ai! Ai! Desculpa moço! N-não estávamos invadindo! – exclama uma criança sendo puxada pela orelha.
- Isso mesmo tio! Pensamos que fosse uma festa infantil! – grita uma garotinha sendo levada no colo.
- Não nos mate! Por favor! – grita outra.
- Fechem a matraca, suas pestes! Essa festa não é para vocês! – diz um dos guardas.
- Mas o que tá rolando? – Pergunto incrédulo.
- Acho que esses pirralhos entraram de penetra na festa, mas tanto faz também. Quer caminhar lá fora? Lá é mais calmo.
- Hum. Por mim – falo e seguimos para fora do salão.
Não falamos nada até chegarmos em um pátio arborizado e bem florido coberto por flores Dama da Noite e há alguns bancos largos de madeira espalhados. Nos sentamos em um e ficamos admirando a paisagem.- É realmente calmo aqui – digo após minutos de silêncio e fecho os olhos para sentir a brisa.
Enquanto continuo de olhos fechados, sinto a mão quente de Zoro tocar sob a minha.- Pode tirar sua máscara? – indaga com as mãos juntas encarando o chão.
- Pra quê?
- Eu quero muito saber quem você é – choraminga como um bebê.
- E se eu não tirar? – insisto começando a tirar a paciência do outro.
- Se não tirar, eu tiro – afirma.
- Haha. Duvido – rio de forma debochada.
O marimo rapidamente estica seus braços perante minha cara para retirar o objeto, entretanto, desvio minha cabeça mais rápido para trás e me levanto. Mostro a língua de maneira infantil para ele que permanece no banco. Mas logo levanta-se e começa a correr atrás de mim. Comecei a correr entre as árvores e bancos o mais rápido que consigo sem olhar uma vez sequer para trás. Porém, paro de escutar os passos pesados de Zoro. Onde será que se intrometeu? Olho um pouco nervoso para todos os lados com dificuldade, pois está escuro.- Merda. Onde esse idiota foi?
- Rá!! Te peguei! – grita o Kenshi de merda me prendendo contra uma árvore.
- Onde você estava?! Também, com esse cabelo cor de árvore, é impossível te encontrar em meio a todas elas – murmuro com meu coração acelerado.
- Vou fingir que não escutei o que acabou de dizer – fala aproximando-se do meu rosto, seus lábios estão tão próximos do meu que jurei que ele iria me beijar, porém, ele encosta uma de suas mãos na minha máscara. E neste exato momento um sino começa a badalar.
- Pera! Para! Que horas são? – grito ofegante.
- Meia-noite, momento ótimo para descobrir caras misteriosas atrás de máscaras – diz olhando para o relógio em seu pulso.
Droga. Tenho que ir – cochicho e o empurro para frente para que eu possa sair.
- Ei! Onde você tá indo?!
- Tenho que ir embora – afirmo.
- Como assim?
- Adeus! – berro correndo o mais rápido que consigo para outra rua para pedir um táxi.
- Quem é você? – insiste correndo atrás de mim.
- Para de me seguir! – bravejo e tropeço no meu próprio sapato e deixo-o cair do meu pé – mas que saco! – xingo eu mesmo.
Deixo meu sapato para trás mesmo assim. Não posso pegá-lo agora. Se eu não chegar em casa antes de Judge, eu estou ferrado! Olho para trás e não vejo mais o
Zoro, o que me deixa aliviado. Logo surge um táxi e entro no mesmo. Na hora eu respiro fundo de tanto cansaço.
Acabou minha noite de Cinderella...
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Sanjirello
FanfictionSanji, - um cozinheiro de primeira sem nem ter terminado a faculdade -, fica conhecido como Sanjirello após um baile da universidade. Assim, entra em uma fase da vida que terá que lidar com sua família, suas amizades, seu emprego, faculdade, e o flo...