Capítulo: 23°

92 17 32
                                    

𝐏.𝐎.𝐕:

𝘾𝙝𝙧𝙞𝙨𝙩𝙤𝙥𝙝𝙚𝙧

Nunca imaginaria que passaria pela mesma dor novamente, se já estava difícil antes superar e seguir em frente, vai ficar mais difícil ainda.

Eu estava até pensando em poupar os meus pais dessa triste notícia, mas infelizmente será impossível. Há umas horas dessas, eles devem já estar sabendo de tudo

Os vizinhos são mais rápidos do que jornal, celular e câmera de segurança.

Suelen: Desculpa chegar assim, sem avisar. É que aconteceu uma coisa muito triste

Marlon: Entre por favor!

Christiane: Oi vizinha, oque houve? Parece assustada. - Olhou confusa.

Suelen: Aconteceu uma tragédia.

Marlon: Uma tragédia? Quando? Não estamos sabendo de nada. - Arregalou os olhos.

Suelen: Vocês vão precisar ser fortes.

Christiane: Ai meu Deus, diga que não foi o ucker. Eu me recuso aceitar perder mais um filho - Começou a andar de um lado para o outro.

Marlon: Vai mulher, diz logo. Não vê que estamos desesperados?

Suelen: A perla foi encontrada morta dentro do próprio carro, acabaram de levar ela para o IML.

Christine: Oque? Não não, não pode ser. - Respondeu-me com a voz embargada.

Marlon: Vá fazer um copo de garapa pra ela, já!

Suelen: Certo. - Diz indo nas pressas para cozinha.

Christiane: Isso é o fim marido, eu não aguento mais perder pessoas que eu amo.

Marlon: Você sabe que isso faz parte da vida, apesar de não aceitarmos... - Engoliu seco.

Suelen: Aqui está o copo de garapa que você pediu. - Ela deu um gole.

Christiane: Tem certeza que isso é garapa?

Suelen: Claro que tenho, foi eu mesma que preparei.

Christiane: Isso é água de coco, mas mesmo assim obrigada pela gentileza!

Marlon: Eu vou lá saber os resultados dos exames, por favor não tire os olhos dela. - Assentiu.

Suelen: Pode ir tranquilo vizinho, eu irei ficar fazendo companhia a ela.

Marlon: Tudo bem! - Disse fechando a porta.

- Eu só fiz descer do carro e já me dei de cara com o meu filho, ele achou que eu não sabia de nada e veio me consolar, achei uma atitude sábia e muito bonita

Ucker: Morreu tão jovem, e ainda por cima com um final tão trágico... - Balançou a cabeça em negação.

Marlon: Poisé filho, a vida é um sopro.
- Respondeu-me com a voz embargada.

Ucker: Foi a Suellen que te deu a notícia, no foi?

Marlon: Sim, foi ela. Como soube? - Engoliu seco.

Ucker: Ela é a maior fofoqueira do bairro, impossível não ficar sabendo.

Marlon: Pior que é.

Marlon: Sabe me dizer se os exames já foram feitos?

Ucker: Fui me informar e disseram que ainda estão fazendo...

Marlon: Pelo visto vai demorar. - Estralou os dedos e deu um suspiro fundo.

Ucker: Quem diria né pai? A gente passando pela mesma dor de novo.

Marlon: Ainda não caiu a ficha sabe...

Ucker: Será que tinha alguém que não gostasse dela e resolveu fazer isso? - Olhou com desdém.

Marlon: Poxa, eu não havia pensado nessa possibilidade.

Ucker: Se tratando do mundo que vivemos hoje, tudo é possível papai... - Tossiu.

Marlon: Tem alguém em mente?

Ucker: Não, eu nunca conheci os amigos dela.

Marlon: Vamos espera os resultados dos exames, se tiver algo de errado. Vai acusar certo? - Assentiu.

Ucker: É.

𝙉𝙖𝙧𝙧𝙖𝙣𝙙𝙤

O médico legista pedro, fez os exames e informou aos familiares que a causa da morte foi infarto. E que isso foi o responsável por ela sentir um desconforto no pescoço, por causa da dor

Por isso seu pescoço apresentava manchas roxas em volta, então foi descartada a possibilidade de assassinato e suicídio. Mesmo ouvindo isso do médico, ucker não acreditou

Marlon: Vamos lá dizer o resultado do exame a sua mãe. - Abriu a porta e ele entrou.

Ucker: Não esqueça de colocar o cinto papai.

Marlon: Fica assosegado, eu tô velho mais não estou gagá. - Ligou o carro e acelerou.

Ucker: Tem como ir devagar?

Marlon: Ué, agora não pode? Você nunca reclamou.

Ucker: - Revirou os olhos, porque o senhor não dirigia na cidade, e sim num sítio.

Marlon: Fecha essa matraca, e coloca alguma coisa que preste pra gente ouvir.

Ucker: Eu não estou com clima pra ouvir música, se o senhor não sabe. A gente acabou de perder mais um familiar

Marlon: Sim, a gente perdeu. Mas não perdemos a vontade de ouvir uma boa música

Ucker: Meu medo é envelhecer, e ficar igualzinho ao senhor. - Balançou a cabeça em negação.

Marlon: Rapaz se você puxa um pouquinho de mim, você estará rico.

Ucker: Já que insiste tanto em ouvir uma música, que tal When I met you?

Marlon: Eu amo essa música! - Respondeu-me sorridente e eu o olhei confuso.

Ucker: Como? Se eu nunca ouvi o senhor ouvindo essa música.

Marlon: Você nunca ouviu, porque sempre ficou com a cara nos estudos e nos negócios da empresa...

Ucker: Tá bom, mas quem te lembra essa música?

Marlon: A sua mãe, é óbvio. - Deu uma piscadela e ele riu.

Ucker: Tá explicado agora!

Ucker: Tá explicado agora!

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𝙊 𝙁𝙖𝙣𝙩𝙖𝙨𝙢𝙖 𝙙𝙚 𝘼𝙣𝙖𝙡𝙪 [ 𝙋𝙤𝙣𝙣𝙮 ] [ 𝙁𝙞𝙣𝙖𝙡𝙞𝙯𝙖𝙙𝙖]Onde histórias criam vida. Descubra agora