𝙊 𝙁𝙖𝙣𝙩𝙖𝙨𝙢𝙖 𝙙𝙚 𝘼𝙣𝙖𝙡𝙪 [ 𝙋𝙤𝙣𝙣𝙮 ] [ 𝙁𝙞𝙣𝙖𝙡𝙞𝙯𝙖𝙙𝙖]

Capítulo: 25°

𝐏.𝐎.𝐕:

𝙋𝙚𝙧𝙡𝙖

Ai meu Deus, que lugar horrível. Vejo almas sendo atormentadas a todo momento, acompanhadas do fogo e de demônios em sua volta. Onde os mesmos repetem palavras ditas pelos pecadores, como: " 𝘝𝘢𝘮𝘰𝘴 𝘢𝘱𝘳𝘰𝘷𝘦𝘪𝘵𝘢𝘳, 𝘴𝘰́ 𝘴𝘦 𝘷𝘪𝘷𝘦 𝘶𝘮𝘢 𝘷𝘦𝘻.", " 𝘌𝘶 𝘱𝘰𝘴𝘴𝘰 𝘧𝘢𝘻𝘦𝘳 𝘰𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘶 𝘲𝘶𝘪𝘴𝘦𝘳, 𝘢 𝘷𝘪𝘥𝘢 𝘦́ 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢.", " 𝘗𝘳𝘦𝘧𝘪𝘳𝘰 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘯𝘶𝘮𝘢 𝘣𝘢𝘭𝘢𝘥𝘢, 𝘭𝘢́ 𝘦́ 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘭𝘦𝘨𝘢𝘭." - Disse se referindo a um convite para ir numa igreja

Sim, eu estou com medo. Com oque meus olhos estão presenciando, é um terror esse lugar. Mas não é fácil arrancar de uma vez o rancor e a insuficiência do coração, quando suas emoções ainda estão apegadas ao mundo material. Na sua cabeça você não aceita que você morreu, na sua cabeça você acha que está vivo. Mesmo revendo familiares que já se foi, você acredita que isso é apenas um pesadelo e que a qualquer hora, você irá acordar e tudo voltará ao normal

Estou no chão coberto por fogo, sinto minha minha alma arder e doer. É como se eu estivesse levando várias facadas a todo momento, saio correndo de um lado para o outro. Procurando achar a porta da saída, é como se eu estivesse presa em um labirinto infinito, porque não importa o quanto eu corra. Não mostra a luz, mas se ouve uma voz grossa como de várias ondas, dizendo " Se arrependa e terás uma nova chance."

Quando ouvi aquelas palavras, uma parte de mim. Caiu em prantos, mas outra parte não. Por está dominada pelo orgulho, e o som da voz de várias ondas desapareceu e eu cai na realidade, e me vi sendo velada pelos meus familiares. E cada vez que eu tentava me aproximar deles, eles sentiam arrepios e sensações ruins. Naquela hora me senti culpada, um lixo de pessoa. E confesso que cheguei até me questionar, " Como uma pessoa tão boa, pode amar alguém tão insignificante feito eu."?

Annie: O clima tá pesado aqui, cruzes. - Diz se benzendo.

May: Impossível não está né? A garota era insuportável.

Annie: - Sussurrou baixinho, may... Cuidado com a língua, ninguém aqui é perfeito

May: Isso eu sei, mas não é porque ela morreu que ela virou uma santa.

Christiane: Tá tudo bem por aqui? - Respondeu-me preocupada.

Annie: Está sim senhora, obrigada!

Christiane: Que bom, pensei que estivessem brigando. - Balançou a cabeça em negação.

Annie: Acontece é que minha amiga, fala muito alto. Por isso parece que estamos brigando

May: É isso.

Christiane: Nossa, que chato né? Se eu fosse você menina, procurava falar baixo. É que é muito deselegante falar gritando

May: Não lembro de ter pedido sua opinião senhora.

Annie: Tomara que ela não tenha ouvido isso... - Começou a roer as unhas.

Christiane: Oi, perdão. Oque disse? É que eu estava distraída com umas mensagens de pretendentes para o meu filho.

May: O ucker te mandou fazer isso foi?

Annie: Você está parecendo uma surtada, tenta se controlar. - Sussurrou em seu ouvido.

Christiane: Eu sei oque é melhor para o meu filho, não preciso me informar com ele sobre minhas atitudes.

May: Desculpe senhora, mas isso não tem nada haver de querer o bem para o seu filho, isso está mais para forçar a barra!

Christiane: Você não sabe de nada sobre a vida garota, eu sei muito bem oque é melhor para o meu filho.

Annie: May, já tá bom. Vamos embora - Puxou o seu braço.

May: Tá explicado porque o cara nunca arrumou namorada, a mãe não dá espaço para ele escolher.

Suellen: É isso mesmo que eu estou ouvindo? Confusão em pleno velório? Adoroooooo. - Bateu palmas.

Nina: Trouxe até uma garrafa cheia de café e bolacha creme crack, para acompanhar esse babado.

Durval: Fez certo, confusão sem acompanhamento. Não tem graça HAHAHAHAH

Suellen: Mas está faltando uma coisa...

Nina: Oque mulher?

Suellen: Um familiar chegar e briga pelo terreno.

Durval: Apois se isso acontecer, ele ou ela vai perder a viagem. Porque pelo que eu sei a garota não tinha aonde cair morta, morava até de aluguel

Nina: Mas vejamos pelo lado bom... Pelo menos ele ficará com alguma coisa, no caso as dívidas HAHAHAHAH.

Suellen: Verdade HAHAHAHAH.

Ucker: Será que dá para vocês para de brigar? As pessoas não param de olhar para vocês.

Christiane: E quem disse que eu estou brigando? Eu apenas estava conversando com ela.

May: Que velha fingida AFF!

Annie: Já deu, vamos embora.

Poncho: Mas já? Pensei que ficaria para o enterro.

Annie: Depois a gente conversa poncho, agora não dá. - Encarou chris.

Poncho: Ok então, quer pelo menos que eu as deixe em casa?

May: Seria ótimo, porque a passagem está caríssima. - Respondeu-me se abanando.

Annie: Nada disso, podemos muito bem pegar um táxi.

Poncho: Tudo bem então, até outro dia. - Acenou com a expressão fechada.

Christiane: Você tem certeza que não tem nada com aquela menina né?

Ucker: Eu e a may não estamos namorando, e mesmo se estivéssemos não era da sua conta. - Deu de ombros e ela ficou boquiaberta.

Marlon: Nem vem com essa cara de espanto, não é de hoje que você sabe que o ucker é assim.

Christiane: O ucker passou dos limites, e tenho certeza que a culpada é aquela " amiguinha" dele.

Marlon: Amiga? Que faz sexo? Não não, eles não são nem um pouco amigos.

Christiane: Espero mesmo que ele não queira nada sério com ela, pois ela não é mulher para o meu filho!

Marlon: E o ucker muito menos né?

Christiane: Ah me poupe marlon, o ucker é homem. Ele não tem nada oque perder, lavou tá novo

Marlon: Meu Deus, é por esses pensamentos que o mundo está como está. - Revirou os olhos e saiu.