𝙊 𝙁𝙖𝙣𝙩𝙖𝙨𝙢𝙖 𝙙𝙚 𝘼𝙣𝙖𝙡𝙪 [ 𝙋𝙤𝙣𝙣𝙮 ] [ 𝙁𝙞𝙣𝙖𝙡𝙞𝙯𝙖𝙙𝙖]

Capítulo: 53°

- Quando acordei, me deparei com todos em minha volta me olhando. Eu estava deitado no colo da may, enquanto a mesma acariciava minha cabeça, vi a annie se aproximar com um copo de água e colocar sobre a mesa, provavelmente deveria ser um copo de garapa. Caso eu fugisse do meu controle

Achei linda a atitude deles e o carinho que os mesmos estavam tendo comigo, nesse momento tão difícil da minha vida. Sinceramente, eu não espero mais nada, eu não crio mais expectativas com nada, todo mundo que eu amo está indo embora e eu me sinto sem esperanças mas para continuar vivendo nesse mundo.

Que eu não perca a fé e não cometa o mesmo que meu pai cometeu.

May: Bebê, tem certeza que você tem forças para ir no velório do seu pai?

Ucker: Mesmo sem forças, eu necessito ir e encarar a realidade.

Poncho: Se quiser ucker, eu posso ir no seu lugar e dá consolo a sua mãe!

Ucker: Valeu mesmo brother, mas eu vou.

Annie: Não se preocupe ucker, você não estará sozinho nessa. A gente vai tá lá pra te dá forças

Ucker: Obrigado a todos pelo apoio, eu realmente estou precisando.

" 𝘊𝘰𝘪𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘥𝘰 𝘮𝘦𝘶 𝘪𝘳𝘮𝘢̃𝘰𝘻𝘪𝘯𝘩𝘰, 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘶𝘮𝘢 𝘷𝘦𝘻 𝘱𝘦𝘳𝘥𝘦𝘶 𝘶𝘮 𝘧𝘢𝘮𝘪𝘭𝘪𝘢𝘳. 𝘘𝘶𝘦 𝘮𝘶𝘯𝘥𝘰 𝘪𝘯𝘫𝘶𝘴𝘵𝘰."

" 𝘔𝘦𝘴𝘮𝘰 𝘴𝘢𝘣𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘢𝘨𝘰𝘳𝘢 𝘮𝘦𝘶 𝘱𝘢𝘪 𝘷𝘢𝘪 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘳 𝘱𝘦𝘳𝘵𝘰 𝘥𝘦 𝘮𝘪𝘮, 𝘦𝘶 𝘯𝘢̃𝘰 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘪𝘨𝘰 𝘧𝘪𝘤𝘢𝘳 𝘧𝘦𝘭𝘪𝘻. 𝘚𝘢𝘣𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘮𝘦𝘶 𝘪𝘳𝘮𝘢̃𝘰 𝘧𝘪𝘤𝘰𝘶 𝘴𝘦𝘮 𝘦𝘭𝘦."

" 𝘔𝘢𝘮𝘢̃𝘦 𝘱𝘢𝘳𝘦𝘤𝘦 𝘣𝘦𝘮 𝘧𝘳𝘪𝘢, 𝘯𝘢̃𝘰 𝘥𝘦𝘳𝘳𝘢𝘮𝘢 𝘶𝘮𝘢 𝘭𝘢́𝘨𝘳𝘪𝘮𝘢. 𝘌 𝘱𝘪𝘰𝘳, 𝘯𝘦𝘮 𝘴𝘦 𝘢𝘱𝘳𝘰𝘹𝘪𝘮𝘢 𝘥𝘰 𝘤𝘢𝘪𝘹𝘢̃𝘰, 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘥𝘪𝘻𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘢 𝘵𝘰𝘥𝘰𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘭𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘱𝘢𝘨𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘯𝘰 𝘪𝘯𝘧𝘦𝘳𝘯𝘰, 𝘱𝘰𝘳 𝘵𝘦𝘳 𝘦𝘴𝘤𝘰𝘭𝘩𝘪𝘥𝘰 𝘰 𝘤𝘢𝘮𝘪𝘯𝘩𝘰 𝘥𝘰 𝘮𝘢𝘭. 𝘈𝘰 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘳𝘢́𝘳𝘪𝘰 𝘥𝘰 𝘤𝘢𝘮𝘪𝘯𝘩𝘰 𝘥𝘰 𝘣𝘦𝘮."

" 𝘘𝘶𝘦 𝘮𝘶𝘭𝘩𝘦𝘳 𝘢𝘮𝘢𝘳𝘨𝘢."

Annie: Realmente, seu pai era bastante querido. Tem muita gente aqui

May: Todo mundo quando morre, aparece um monte de gente. Que nunca procurou saber da pessoa

Annie: May... Por favor, vamos respeitar. Estamos no velório

May: Ué, gente. E por acaso eu menti?

Poncho: Pior que ela não tá errada amor...

Ucker: Sem problemas annie, a may está certa. Quando mais meu pai precisou, não apareceu nenhum pra oferecer ajuda

Christiane: Meu filho! - Disse choramingando indo o abraçar.

Pérola: Olha só, o teatro que ela está fazendo.

Jane: Muito baixa ela, muito baixa. Que mulher fingida, - Balançou a cabeça em negação.

Marcone: Que coisa feia meninas... Tenham mais respeito pela memória do patrão

Pérola: Respeito a gente tem, só estamos falando a verdade.

Jane: É isso aí amiga.

Marcone: Cuidado com o julgamento falso, Deus castiga.

Pérola: Você não faz idéia, de quem é essa cobra senhor marcone.

Jane: Poisé, é melhor o senhor abrir o seu olho...

Marcone: Melhor mudarem de assunto, o filho do falecido vem ai.

Ucker: Sobre o pagamento de vocês, não se preocupem. Hoje mesmo estarei pagando a todos

Marcone: Isso é o de menos meu filho, olha... Se precisar de um velho pai, sabe que pode contar comigo

Ucker: É bom saber isso! - Diz com a voz embargada.

Jane: E se você precisar de uma tia, eu estarei aqui para te aconselhar e te ajudar no que precisar. Você sabe né?

Ucker: E como sei naninha.

Pérola: Que fofo, ainda te chama de naninha. As coisas não mudam mesmo

Ucker: Bom, é isso. Peço desculpas a todos, mas não irei para o enterro de meu pai. Não estou com cabeça e nem noção de assimilar as coisas

Marcone: Fique sossegado meu filho, eu entendo perfeitamente. Você não se deve se desculpar por isso, pode ter certeza que aonde o seu pai estiver. Ele estará olhando pra você com todo amor do mundo

Ucker: Meu pai, minha inspiração... Por que Deus? Por que? - Falou o olhando no caixão, enquanto chorava.