Diga que me ama! - (VaLu Version)

Carol?

POV LUIZA

Passaram-se dois meses desde meu ultimo encontro com Valentina, desde a festa do Leo nós duas não tivemos nenhum contato direto. Qualquer coisa relacionada ao nosso filho, era Catarina que resolvia e acabou virando nossa mensageira. Eu sei que extrapolei, mas meu ódio por ver Larissa e Valentina naquela intimidade toda me deixou fora de mim. E ainda tive que ouvir minha mãe e meu pai o tempo todo falando asneiras na minha cabeça.

Decidi prosseguir com o divórcio, quanto mais rápido assinássemos esses papéis melhor para nós duas. Eu tiraria aquele amor do meu peito de alguma forma.

Os dias em que Leo passava com Valentina eu me sentia completamente sozinha e meu único refúgio era algumas garrafas de vinhos, eu praticamente estava bebendo todos os dias e Catarina já chamou minha atenção por isso algumas vezes. Mas era com o vinho que me sentia preenchida.

Hoje acordei sozinha mais uma vez, suspirei pesado e comecei a pensar em tudo que já aconteceu em minha vida, tudo que Valentina e eu passamos. Pensar nisso me sufocava, mas a falta dela me sufocava ainda mais.

FLASHBACK ON:

Havia dias em que eu não tinha noticias de Valentina, ela simplesmente não me respondia e isso me deixava preocupada e irritada. Além disso, eu estava no final do semestre e ainda tinha que me preocupar com as minhas notas.

-Luiza relaxa, você vai acabar ficando maluca. – Duda e eu estávamos estudando, mas eu não conseguia prestar atenção em nada.

-Não consigo Duda. – Suspirei e larguei a caneta que eu mordia impaciente. —Tem cinco dias que não tenho noticia alguma dela.

-Ela deve estar estudando, coisa que nós duas devíamos estar fazendo. – Duda tentava me convencer, mas eu sei que algo não estava normal.

-Eu não sei Duda, tenho medo dela me esquecer. – Coloquei a mão no rosto, tentando não pensar no meu maior medo.

-Mesmo sem conhecê-la, sei que ela não seria boba em perder você. – Ela fez um carinho no meu braço e meu celular apitou uma nova mensagem na hora.

Desbloqueei o celular na esperança que fosse ela, mas infelizmente não era, e o conteúdo da mensagem me deixou nervosa.

-Algum problema? — Duda perguntou aflita.

-É o meu pai, ele está na delegacia. – Me levantei juntando minhas coisas. – Minha irmã foi presa, parece que ela se envolveu em um assalto. Preciso ir até lá.

-Vamos! Eu levo você. – Duda e eu saímos apressadas em direção à delegacia, meu pai havia me contado que Carol andava com problemas, mas eu não sabia quais problemas eram esses.

Duda e eu chegamos à delegacia em que meu pai disse que estava. Eu estava nervosa e logo o avistei visivelmente impaciente. Ele andava de um lado para o outro, me aproximei e ele começou a contar o ocorrido.

Meu pai disse que Carol estava com problemas com drogas, ele descobriu há um tempo e estava tentando ajuda-la, mas ela não queria ajuda. Minha mãe como sempre resolveu da pior maneira possível e a expulsou de casa, e com isso hoje estamos aqui na delegacia, pois Carol foi presa em flagrante assaltando um supermercado.

-Pai porque ninguém me contou nada? – Perguntei irritada por ter sido deixada de lado.

-Não queríamos envolver você nisso, fora que sua mãe não está feliz por você ter saído de casa. – Meu pai olhou para Duda e me olhou de volta. –Achei que depois que aquela garota foi embora, você tinha parado com essa coisa de homossexualismo.